Um porta-voz do Departamento de Estado disse à agência EFE que os quatro americanos foram recebidos pelo pessoal da Embaixada dos EUA no país para onde se dirigiam quando atravessaram a fronteira do Afeganistão, sem adiantar pormenores.
Um funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros dos EUA transmitiu à CNN que foram os primeiros cidadãos americanos a serem autorizados a deixar o Afeganistão desta forma desde que a retirada das tropas terminou.
O chefe de gabinete da Casa Branca, Ron Klain, informou no domingo que o Governo acredita que há cerca de 100 americanos que permanecem em solo afegão e que os EUA encontrarão uma forma de os tirar de lá, se assim o desejarem.
"Sabemos que muitos deles têm membros da família, muitos querem ficar, mas nós vamos retirar os que quiserem sair", afirmou Klain.
Na semana passada, o porta-voz do departamento de Estado, Ned Price, disse que não estava em condições de dar pormenores sobre possíveis rotas terrestres para a evacuação dos americanos que permanecem no Afeganistão, mas salientou que o Governo estava a explorar todas as opções.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, observou na quarta-feira que cerca de 6.000 americanos e 124.000 civis, incluindo colaboradores afegãos e cidadãos de outros países, foram retirados do Afeganistão a bordo de voos americanos e militares aliados, através do aeroporto de Cabul.
No sábado, o aeroporto retomou as operações dos voos domésticos, que tinham ficado suspensos desde 15 de agosto, quando os talibãs assumiram o controlo da capital afegã.
Desde essa data até à partida das últimas tropas dos EUA, na segunda-feira, o aeroporto só estava aberto a voos de evacuação dos EUA e aliados.
O Catar enviou uma equipa técnica a Cabul para ajudar a operar as instalações e hoje o embaixador do país do médio oriente no Afeganistão, Sayeed bin Mubarak, frisou que o aeroporto está "quase pronto" para o reinício dos voos internacionais de passageiros.
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