O Governo decretou três dias de luto nacional, entre sábado e segunda-feira, pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, e cerimónias fúnebres de Estado.
Felipe VI esteve também presente nas cerimónias fúnebres do antigo Presidente da República Mário Soares, em janeiro de 2017, e nessa ocasião foi recebido pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa.
Jorge Sampaio morreu hoje, aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.
Nascido em Lisboa em 18 de setembro de 1939, Jorge Fernando Branco de Sampaio foi um dos protagonistas da crise académica do início dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, e como advogado defendeu presos políticos durante a ditadura.
Depois do 25 de Abril de 1974, foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.
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