Causando 179 mortos, o acidente ocorrido no fim de dezembro levou as autoridades a rever as estruturas de cimento que foram concebidas para alojar os localizadores ILS (Instrumental Landing System Locator), que servem para orientar os pilotos e facilitar o alinhamento com a pista.
O ministro dos Transportes, Sangwoo Park, indicou que estas paredes serão modificadas independentemente de cumprirem ou não a regulamentação em vigor.
"Vamos melhorá-las de uma forma que aumente a segurança", referiu o governante, sem dar mais detalhes, segundo a imprensa local.
O anúncio ocorre depois de o Governo sul-coreano ter apelado à melhoria da segurança aérea após o acidente do avião da companhia sul-coreana Jeju Air, ocorrido na manhã de 29 de dezembro, e cuja investigação decorre.
Desde que a polícia começou a avaliar o aeroporto de Muan para recolher dados e provas, vários especialistas questionaram o desenho da infraestrutura, especialmente no que diz respeito ao muro.
A companhia anunciou hoje que vai reduzir as operações.
Após o acidente, a companhia aérea de baixo custo já tinha anunciado planos para reduzir os serviços entre 10 e 15%, de forma a reforçar as operações de manutenção de aeronaves.
Embora o plano ainda não esteja finalizado,a Jeju Air disse hoje que irá cancelar todos os 78 voos previstos de 22 a 30 de março entre Gimhae, o aeroporto que serve Busan, no sudeste da Coreia do Sul, e Clark, nas Filipinas.
A empresa cancelou também outros 110 entre Gimhae e Kaoshiung, em Taiwan, de 03 de fevereiro a 29 de março.
Também hoje, os dois principais partidos sul-coreanos anunciaram a criação de uma comissão parlamentar conjunta para investigar o acidente, apesar das divisões políticas.
"O Partido do Poder Popular [PPP, no poder] e o Partido Democrático [na oposição] decidiram criar uma comissão especial" para investigar a tragédia e prestar assistência aos familiares, afirmou o PPP.
Num comunicado, o PPP revelou que a comissão irá incluir sete deputados de cada um dos dois movimentos e um último membro não pertencente a nenhum dos partidos.
O Partido Democrático confirmou à agência de notícias France-Presse que concordou com o movimento rival.
Em 29 de dezembro, um avião da Jeju Air proveniente de Banguecoque, capital tailandesa, aterrou de barriga no aeroporto de Muan e embateu num muro de betão, no final da pista, acabando por explodir.
Apenas duas das 181 pessoas que se encontravam a bordo - uma hospedeira e um comissário - sobreviveram ao acidente, o pior desastre aéreo da história em solo sul-coreano.
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