Três pessoas morreram e duas continuam internadas depois de terem comido arroz envenenado com uma substância tóxica, na quarta-feira, dia 1 de janeiro, no Piauí, Brasil.
Para já, segundo o site brasileiro G1, ainda não se sabe quem é o responsável de tal ato. Sabe-se apenas que o veneno estava no preparado de arroz com feijão que a família de nove pessoas tinha feito e também comido no dia anterior.
O caso está a ser investigado pela Polícia Civil como um homicídio.
Bebé e crianças entre as vítimas. Veneno "estava em todo o arroz"
Entre as vítimas estão um bebé e duas crianças. Lauane da Silva, de três anos, morreu durante a madrugada de segunda-feira, depois do seu irmão, de 1 ano e oito meses, e tio, de 18, também terem morrido.
Já a mãe, Francisca, de 32 anos, e a irmã, de quatro anos, continuam internadas. Outras quatro pessoas foram hospitalizadas, mas já tiveram alta.
Segundo o médico António Nunes, diretor do Instituto de Medicina Legal (IML), o veneno foi colocado em grande quantidade e no dia 1 de janeiro. "Estava em todo o arroz, até visível", explicou o especialista, lembrando que as pessoas que o ingeriram no dia anterior não sofreram qualquer tipo de má disposição.
Já nos restos de peixe doado à família nada foi encontrado, por isso, o casal que o deu não é considerado suspeito.
Duas crianças da mesma família já tinham morrido envenenadas
Recorda o G1, que Francisca já tinha perdido dois filhos, de 7 e 8 anos, em 2024, também por envenenamento. Os dois meninos comeram cajus contaminados oferecidos por uma vizinha que se encontra já a cumprir pena por duplo homicídio.
As autoridades investigam agora se os casos estão ligados. "É impossível o veneno ter ido parar ao arroz sem intenção de alguém", salientou o polícia responsável pela investigação, Abimael Silva.
De acordo com a publicação brasileira, a substância encontrada no arroz é utilizada como inseticida e ataca o sistema nervoso central e a comunicação, assim como músculos. Causa tremores, convulsões, falta de ar e cólicas.
Os efeitos aparecem logo após a exposição ao veneno e, se não matarem, podem deixar sequelas neurológicas.
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