Numa carta de 9 de setembro, a câmara democrata de Nova Iorque informou ao presidente da Assembleia Geral, Abdulla Shashid, que todos os governantes e diplomatas que desejassem entrar no complexo da Organização das Nações Unidas (ONU) seriam solicitados a apresentar um certificado de vacinação.
O comissário de saúde da cidade nova-iorquina, Dave Chokshi, explicou que o complexo da ONU é um "centro de convenções" sujeito às mesmas regras da maioria dos espaços fechados para atividades.
A carta lembrou ainda que a máscara é obrigatória nos transportes públicos de Nova Iorque e que cidade incentiva "fortemente" a sua utilização em todos os espaços fechados.
Diplomatas de todo o mundo são aguardados na 76.ª Assembleia Geral da ONU, entre 21 a 27 de setembro, que será realizada em formato híbrido com reuniões presenciais e 'online', depois de no ano passado ter sido exclusivamente virtual.
Segundo o documento das autoridades da cidade, os participantes também vão ter que "mostrar um certificado de vacinação antes de comer, beber ou fazer exercício nas instalações da ONU e de participar em todas as atividades de entretenimento, restauração e ginásios em Nova Iorque".
Estas medidas provocaram surpresa em Moscovo.
Numa carta datada com dia de hoje ao presidente da Assembleia Geral, o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, disse estar "muito surpreendido e desapontado" por Abdulla Shahid ter dado apoio às medidas, que considera "claramente discriminatória".
"Impedir que os diplomatas das nações independentes tenham acesso ao salão da Assembleia Geral ou outras áreas da sede das Nações Unidas representaria uma clara violação da Carta das Nações Unidas", acrescenta na carta, obtida pela agência de notícias AFP.
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