O governo italiano aprovou um decreto que torna obrigatório que todos os trabalhadores do setor público e privado apresentem prova de vacinação, teste negativo ou recuperação recente da infeção, anunciou fonte do governo esta quinta-feira.
A decisão foi tomada em Conselho de Ministros e entra em vigor a 15 de outubro.
Quem não apresentar o certificado ou levar uma falsificação enfrentará multas financeiras e até mesmo a suspensão temporária do emprego, embora isso não signifique que possa ser despedido, disse a ministra do Trabalho, Andrea Orlando.
"O objetivo é aumentar a segurança no local de trabalho", acrescentou a ministra, citada pela agência espanhola Efe.
No caso do setor público, a maior parte dos trabalhos já exigia a apresentação do certificado à chegada. Agora, a medida estende-se às forças armadas, ao setor da justiça, aos deputados e a todos os funcionários do parlamento, incluindo o primeiro-ministro.
Mas é no setor privado, que emprega cerca de 15 milhões de italianos, que se irá notar os maiores efeitos da medida, já que há quatro milhões de pessoas não vacinadas neste setor, que vai desde bares e restaurantes a piscinas, ginásios, cinemas e teatros.
O mesmo vale para cabeleireiros, esteticistas, lojistas e artesãos.
A medida abrange ainda trabalhadores externos, tanto no setor público quanto no privado.
Quanto aos testes à Covid-19, deverão ser pagos pelos trabalhadores, a menos que estes não estejam vacinados por indicação médica.
O governo vai impor às farmácias um preço controlado de 15 euros, com exceção dos trabalhadores com menos de 18 anos, que terão de pagar oito euros.
A Itália torna-se assim no primeiro país europeu a exigir a apresentação o certificado digital na maioria dos locais de trabalho.
A medida visa persuadir as pessoas a vacinarem-se, neste que é um dos países mais afetados pela pandemia na Europa e no mundo.
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