A crescente fatura da eletricidade foi uma questão abordada numa cimeira em Atenas por líderes dos nove países euro-mediterrânicos, incluindo Portugal que esteve representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
Fontes espanholas indicaram que esta questão foi tratada na primeira parte desse encontro, que se dedicou na sua totalidade a abordar a luta contra as alterações climáticas.
O primeiro-ministro grego e anfitrião da cimeira, Kyriakos Mitsotakis, e o homólogo italiano, Mario Draghi, discutiram as consequências do aumento da eletricidade e a necessidade de abordar esta questão.
Sánchez concordou com essa exigência e salientou a oportunidade de uma ação conjunta por parte da União Europeia.
Neste contexto, considerou que podem ser alcançadas soluções mais eficazes se forem conseguidas respostas conjuntas dos 27 países da UE em vez de ações individuais de cada membro.
Na comparência perante a imprensa com o resto dos líderes no final da Cimeira dos Países do Sul da Europa, Sánchez vincou que este é um "problema europeu".
"Temos de encontrar soluções a nível europeu, porque é assim que vamos poder fazer valer o nosso peso específico nas relações internacionais em termos de autonomia estratégica", acrescentou.
Sánchez explicou que, até agora, os estados-membros da UE têm respondido ao problema com instrumentos nacionais, mas salientou que, se o objetivo é uma transição ecológica justa, deve ser aberto um debate na Europa sobre o quadro regulamentar dos mercados da eletricidade.
"É preciso começar a pensar numa autonomia estratégica da energia e, porque não, pensar também na do gás natural", prosseguiu.
Estes são debates que o líder espanhol disse já terem sido suscitados junto da Comissão Europeia e de outros líderes, e que acredita ser necessário abrir a discussão na UE como um todo.
Este pedido de uma resposta comum foi ouvido em direito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que participou na cimeira de Atenas convidada pelo anfitrião.
Esta é a oitava vez que este fórum se reúne ao nível de Chefes de Estado, de Governo ou seus representantes, sendo que aos sete países que já o compunham (Portugal, Espanha, França, Itália, Malta, Chipre e Grécia), se juntaram agora, formalmente, a Eslovénia e a Croácia.
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