Polícia nigeriana detém suspeitos do rapto de uma centena de crianças

Três pessoas suspeitas de raptar há dois meses mais de 100 estudantes de uma escola cristã no noroeste da Nigéria foram presas, anunciou a polícia nigeriana na noite de quinta-feira.

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Lusa
24/09/2021 11:15 ‧ 24/09/2021 por Lusa

Mundo

Nigéria

 

No passado dia 5 de julho, pistoleiros invadiram a Escola Secundária Bethel Baptist nos arredores de Kaduna e raptaram 121 estudantes que estavam a dormir nos seus quartos.

"Três dos principais suspeitos envolvidos no rapto dos alunos da Bethel Baptist High School foram detidos", disse um porta-voz da polícia nigeriana, Frank Mba, num comunicado.

De acordo com a mesma fonte, um dos três suspeitos "tomou a cargo a vigilância da escola e consultou outros membros do bando antes de atacar e raptar os estudantes". Foi encontrada uma espingarda de assalto AK47 em cada uma das casas dos três suspeitos, acrescentou Mba, acrescentando que a investigação ainda decorre.

Entretanto, 100 estudantes foram libertados ou conseguiram escapar desde o rapto, e 21 permanecem nas mãos dos seus captores.

Este rapto em larga escala integra uma lista de raptos realizados durante meses por grupos criminosos armados, que operam no noroeste e centro da Nigéria.

Estes grupos, responsáveis por pilhagens, ataques e raptos, são motivados principalmente por dinheiro. Têm como alvos crianças e estudantes, que raptam para obterem resgates, e não têm motivação ideológica, ao contrário dos grupos jihadistas que operam na Nigéria.

Cerca de 1.000 crianças em idade escolar e estudantes foram raptados em escolas desde dezembro por estes bandos de criminosos. A maioria das crianças foi libertada após negociações, mas centenas permanecem presas em campos escondidos nas florestas.

No mês passado, quase 100 estudantes de uma escola privada muçulmana, raptados na Nigéria ocidental em maio, foram entregues aos seus pais.

O grupo radical islâmico Boko Haram foí o primeiro a recorrer à prática dos raptos em escolas, com o rapto em 2014 de mais de 200 raparigas do seu dormitório em Chibok, uma ação que provocou a indignação em todo o mundo.

Leia Também: Epidemia de cólera na Nigéria matou mais de 2.300 pessoas

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