Numa conferência de imprensa acompanhado pelos presidentes das Canárias e também pelo máximo responsável público pela ilha de La Palma, Sánchez explicou que toda a ilha será declarada "zona de catástrofe" e que serão tomadas medidas "rápidas" para atender às necessidades de alojamento, aquisição de bens básicos e restabelecimento das comunicações, bem como um sistema específico de expediente para a regulamentação do emprego.
A médio e longo prazo, quando a erupção cessar, o chefe do Governo espanhol pretende delinear um "Plano de Reconstrução de La Palma", que abrangerá várias frentes: desde o planeamento urbano e habitação, à reconstrução de estradas e redes de abastecimento de energia e água, bem como a promoção de energias renováveis na ilha e a implementação de um programa de relançamento do turismo.
O vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma (Canárias) mantinha-se hoje de manhã ativo, apresentando períodos mais explosivos e tendo já devastado cerca de 240 hectares de terrenos num perímetro de cerca de 16 quilómetros.
Dados fornecidos hoje pelo Departamento de Segurança Nacional (DSN) espanhol mostram que a coluna de gases que sai do vulcão atinge até 4.500 metros de altura.
O fluxo de lava tem um comprimento de 3.800 metros e está a 2.100 metros da costa.
Por seu lado, o sistema europeu de satélites Copernicus, que tem acompanhado a evolução da erupção desde o seu início, também atualizou os seus dados e relatórios que indicavam, na quinta-feira ao fim da tarde, que a lava já tinha coberto 180 hectares (14 novos hectares nas 11 horas anteriores).
A lava tinha também destruído 390 edifícios (mais 40 do que no dia anterior) e 14 quilómetros de estradas.
O governo regional das Canárias realizou hoje uma reunião extraordinária, com a presença do primeiro-ministro espanhol para aprovar apoios às pessoas afetadas pela situação.
O vulcão Cumbre Vieja está ativo e a expelir lava desde domingo passado e apesar desta situação não houve mortos ou feridos a lamentar entre os 85.000 habitantes da ilha, mas os danos são enormes, acima de 400 milhões de euros, segundo as autoridades regionais.
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