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MNEs europeus criticam intervenção de grupo russo Wagner no Mali

Os ministros da Defesa de 13 países europeus, reunidos hoje em Estocolmo, na Suécia, consideraram inaceitável um possível envolvimento do grupo de segurança privado russo Wagner no Mali.

MNEs europeus criticam intervenção de grupo russo Wagner no Mali
Notícias ao Minuto

17:59 - 24/09/21 por Lusa

Mundo Defesa

"Queremos enviar uma mensagem clara de que não estamos prontos a aceitar a entrada do grupo Wagner no teatro maliano", afirmou o Ministro da Defesa sueco, Peter Hultqvist, o anfitrião da reunião da Iniciativa Europeia de Intervenção, que inclui a França, o Reino Unido, a Alemanha, a Itália e a Espanha.

"Este é um desenvolvimento que definitivamente não estamos preparados para ver. Serão também tomadas iniciativas por vários países para expressar isto ao governo do Mali", acrescentou.

O grupo Wagner, com o qual Moscovo nega qualquer ligação, fornece serviços de manutenção e treino e formação em equipamento militar, mas é também acusado de enviar mercenários e suspeito de ser propriedade de um homem de negócios próximo do Kremlin, Yevgeny Prigozhin.

Vários países e a ONU já expressaram preocupação, após relatórios que davam conta de conversações entre Bamako e o controverso grupo russo, que já está presente noutras partes de África, para o envio de 1.000 mercenários para o Mali.

Referindo-se aos esforços militares feitos pela França e por vários países europeus para combater o jihadismo no Mali, a Ministra francesa da Defesa, Florence Parly, salientou que estes não devem ser "postos em risco".

Quanto à questão colocada pelos jornalistas sobre se a chegada de Wagner implicaria uma retirada das forças francesas e de outras tropas europeias presentes no país, a ministra francesa respondeu: "A prioridade absoluta é evitar a situação que acabou de descrever".

"Foi isto que discutimos em profundidade, o que podíamos fazer para evitar isso", continuou.

O governo transitório do Mali, liderado pelos militares, e com dois golpes de Estado em menos de um ano, o último em maio, disse no domingo que lhe competia "decidir que parceiros pode ou não solicitar", relativamente à hipótese de uma chegada do Wagner.

A Estónia, também presente hoje na reunião, avisou esta semana que tal acordo significaria a partida das suas tropas.

A iniciativa de intervenção europeia inclui também a Bélgica, Dinamarca, Portugal, Países Baixos, Noruega e Finlândia. O objetivo é desenvolver uma capacidade de intervenção militar europeia.

Leia Também: MNE francês adverte Blinken que sair da crise requer "tempo" e "ações"

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