Isso significa que, no período, as receitas com impostos do setor público superaram as despesas, sem considerar os juros da dívida pública.
A autoridade monetária brasileira informou que no Governo central houve défice primário de 11,1 mil milhões de reais (1,7 mil milhões de euros) nos governos regionais e nas empresas estatais, excedentes respetivos de 27,3 mil milhões de reais (4,3 mil milhões de euros) e 484 milhões de reais (77 milhões de euros).
Em 12 meses encerrados em agosto as contas públicas do Governo brasileiro acumulam défice primário de 130,3 mil milhões de reais (20,7 mil milhões de euros), o que corresponde a 1,57% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
O défice primário representa o resultado negativo das contas do setor público (despesas menos receitas) desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública.
A meta para as contas públicas do Brasil neste ano, definida no Orçamento Geral da União, é de défice primário de 251,1 mil milhões de reais (39,9 mil milhões de euros).
As contas públicas do país sul-americano fecharam o ano de 2020 com défice primário recorde de 702,9 mil milhões de reais (111,7 mil milhões de euros), 9,49% do PIB do país devido às despesas para controlar os efeitos negativos da pandemia de covid-19.
O Banco Central brasileiro também informou que a dívida pública do país, ou seja, os passivos dos Governos central, estaduais e municipais chegou a 6,8 biliões de reais (cerca de um bilião de euros) ou 82,7% do PIB, dado que indica redução de 0,4 pontos percentuais face ao mês de julho.
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