Jordânia empenhada em ajudar o Líbano a resolver problema energético

A Jordânia está empenhada em apoiar a estabilidade do Líbano e em acelerar o fornecimento ao país de gás natural egípcio através do seu território e da Síria, disse hoje em Beirute o primeiro-ministro jordano.

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Lusa
30/09/2021 13:19 ‧ 30/09/2021 por Lusa

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Jordânia

"Não vamos reter as nossas capacidades, vamos responder com tudo o que pudermos pelos nossos irmãos no Líbano", disse Bisher Khasawneh numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati.

"Discutimos formas de acelerar o Líbano a receber gás egípcio para ajudar alguns dos desafios energéticos e o setor da eletricidade", acrescentou o chefe do executivo jordano, citado pela agência Associated Press (AP).

Khasawneh disse que há esforços para fornecer ao Líbano alguma eletricidade da Jordânia, mas sem dar quaisquer pormenores.

Acrescentou apenas que se seguirão discussões detalhadas.

Khasawneh chegou a Beirute na quarta-feira à noite, e é o primeiro dirigente estrangeiro a visitar o novo primeiro-ministro do Líbano, que tomou posse no início de setembro.

Além do seu homólogo, a agenda de contactos oficiais inclui o Presidente do Líbano, Michel Aoun, e o presidente do parlamento, Nabih Berri, noticiou a agência oficial jordana Petra.

Segundo o jornal The Jordan Times, o Governo da Jordânia promoveu, nos últimos dias, discussões sobre a reativação do acordo de fornecimento de gás e eletricidade egípcios ao Líbano.

Antes da deslocação ao Líbano, Khasawneh falou sobre a questão com os ministros do Petróleo e dos Recursos Minerais do Egito e da Síria, acrescentou o jornal.

O Líbano está a enfrentar uma grave crise económica, com o país frequentemente paralisado com a escassez de medicamentos, de combustível e de abastecimentos básicos.

Os desacordos políticos têm prejudicado os esforços para formar um governo que possa negociar um pacote de ajuda com as instituições financeiras internacionais.

O ministro da Energia jordano, Hala al-Zawati, disse no início deste mês que as infraestruturas para retomar o fluxo de gás para o Líbano precisavam de ser avaliadas após um hiato de 10 anos, e esperava-se que a manutenção do gasoduto estivesse concluída no início de outubro.

As autoridades libanesas tinham dito anteriormente que o Banco Mundial iria ajudar o Líbano a financiar o acordo para fornecimento de gás do Egito, mas poucos detalhes foram divulgados, segundo a AP.

O gasoduto que atravessa a Jordânia e a Síria transporta gás natural egípcio, mas o respetivo acordo foi suspenso há 10 anos, devido à escassez e a questões técnicas, bem como à guerra na Síria.

A cooperação árabe para o fornecimento de gás ao Líbano através da Síria representa um descongelamento significativo das relações entre o país devastado pela guerra e os seus vizinhos.

A maioria dos países vizinhos do Líbano cortou os laços diplomáticos com Beirute ou limitou as relações de colaboração em matéria de segurança durante os 10 anos de guerra civil no país.

Os Estados Unidos da América, que impuseram sanções a funcionários e entidades sírias, manifestaram o seu apoio à revitalização do acordo, afirmando que iriam ajudar o Líbano na sua crise energética.

A companhia de eletricidade libanesa fornece apenas algumas horas de energia por dia, e os residentes têm dependido fortemente de geradores privados dispendiosos e poluentes.

O Líbano também chegou a um acordo com o Iraque para garantir combustível para ajudar na produção de várias horas de energia por dia.

Leia Também: Quatro palestinianos mortos em confrontos com exército israelita

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