O museu do campo de concentração nazi de Auschwitz II-Birkenau revelou, na passada terça-feira, dia 5 de outubro, que foram encontrados grafitti antissemitas pintados em "nove barracões de madeira" do local, "escritos em inglês e em alemão". Estes atos de vandalismo, cujas frases continham "duas referências ao Antigo Testamento, regularmente usadas por antissemitas e slogans em que se nega o Holocausto", vão ser analisados.
Em comunicado, publicado no Twitter, o Auschwitz Memorial destacou ainda que este "incidente" se trata de uma "ofensa contra o memorial" mas que, acima de tudo, é um "ultrajante ataque ao símbolo de uma das maiores tragédias da história humana" e um "ataque extremamente doloroso à memória das vítimas do campo de concentração nazi Auschwitz-Birkenau".
O caso já foi reportado à polícia, com os vídeos das câmaras de videovigilância do local a serem revistas a 'pente fino': "Esperamos que a pessoa ou pessoas que cometeram este ato sejam encontradas e punidas", sublinhou o museu.
Na mesma nota, ontem tornada pública, é também feito um apelo para que quem possa ter testemunhado o incidente que "envie qualquer informação que ajude a chegar aos atacantes", especialmente às pessoas que "tiraram fotografias em 5 de outubro antes do meio-dia junto ao Portão da Morte".
"Assim que a polícia tiver compilado toda a documentação necessária, os conservadores do memorial de Auschwitz começarão a remover vestígios de vandalismo dos edifícios históricos", pode ainda ler-se.
De recordar que no campo de concentração de Auschwitz foram assassinadas pelo menos 1,1 milhões de pessoas. Quase um milhão destas eram judeus, com a maioria das vítimas a ter sido enviada para as câmaras de gás de Birkenau.
Statement concerning the vandalism that took place on October 5 at the Auschwitz II-Birkenau site. pic.twitter.com/bsNepIRCcL
— Auschwitz Memorial (@AuschwitzMuseum) October 5, 2021
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