Rússia promete "adequada resposta" à NATO após expulsão de diplomatas
A Rússia prometeu hoje uma adequada resposta à NATO, que expulsou oito diplomatas russos por alegada espionagem, e rejeitou essas acusações que considerou "infundadas".
© Reuters
Mundo Rússia
"Não duvido que o responsável pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo irá propor medidas de resposta adequadas, não obrigatoriamente simétricas", indicou Leonid Slutski, chefe do Comité de Assuntos Internacionais da Duma, a câmara baixa do parlamento da Rússia.
Slutski acusou o que designou de "Ocidente coletivo" de manter um "antagonismo diplomático" com a Rússia.
"Privar de acreditação oito funcionários da representação russa junto da NATO irá reduzir ainda mais o nível de cooperação", advertiu.
O mesmo responsável também sublinhou que o lugar da delegação russa na Aliança Atlântica está "vazio", um fator que não contribuirá para o diálogo entre Moscovo e Bruxelas, onde se situa o quartel-general da organização ocidental.
"Todas as acusações dirigidas aos russos sobre supostas atividades mal-intencionadas são gratuitas e não serão confirmadas", acrescentou o deputado.
A NATO anunciou hoje ter retirado as credenciais a oito elementos da missão da Rússia junto da Aliança Atlântica, justificando que as pessoas em questão trabalhavam "de forma não declarada" como operacionais dos serviços de informações russos.
"Podemos confirmar que retirámos as credenciais a oito membros da missão russa junto da NATO, que eram operacionais não declarados dos serviços de informações russos", afirmou uma fonte oficial da organização, citada pela agência norte-americana Associated Press (AP) e que falou sob a habitual condição de anonimato.
Fontes aliadas citadas pela agência noticiosa Efe também indicaram que reduziram a dez o número total de diplomatas que a Rússia pode acreditar junto da Aliança.
Ainda esta semana, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que as relações da aliança transatlântica com a Rússia estão "no seu ponto mais baixo desde o final da Guerra fria", com Moscovo cada vez "mais agressivo" no exterior e mais "repressivo" a nível doméstico.
Em 2018 a NATO expulsou sete diplomatas russos em resposta ao envenenamento do ex-duplo espião Serguei Skripal em Salisbury, sul de Inglaterra.
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