Um grupo de ativistas está a acusar a polícia de as obrigar a despir a roupa interior e de fazer agachamentos, durante um interrogatório policial, na segunda-feira, em Brescia, no norte de Itália.
Segundo relata o The Guardian, foi pedido ao ministro do Interior italiano que abra uma investigação sobre o caso, tendo em conta as acusações de sete ativistas que terão sido obrigadas a tirar a roupa interior, assim como a fazer agachamentos durante um interrogatório.
As ativistas estavam inseridas num grupo de pessoas que foram levadas para a esquadra, depois de a polícia ter interrompido um protesto fora de uma fábrica de uma empresa aeroespacial, defesa e segurança.
"Eles disseram-me para me despir, tirar a minha roupa interior e fazer três agachamentos", disse uma ativista do grupo Extinction Rebellion num vídeo postado nas redes sociais e citado pelo The Guardian, referindo ainda que o tratamento era "reservado só a mulheres e não aos homens".
Também uma outra ativista fez um vídeo a denunciar o sucedido.
O protesto, que decorreu por um curto período de tempo, foi organizado pelo grupo Extinction Rebellion, pelo Last Generation e pelo grupo Free Palestine.
Os ativistas estiveram detidos durante cerca de sete horas, tendo sido acusados de crimes como "reunião sediciosa" e por "manifestação sem aviso prévio".
O The Guardian escreve ainda que o advogado das sete ativistas disse que as mulheres pretendem apresentar uma queixa formal "nos próximos dias".
A polícia terá negado as acusações, mas, mais tarde, fez um comunicado onde explicava que durante as revistas pessoais, feitas por polícias mulheres, foi pedido às ativistas para se "debruçarem para encontrar objetos perigosos".
"A confidencialidade e dignidade das pessoas foram salvaguardadas em todo os momentos e foram seguidos os procedimentos operacionais corretos", diz o comunicado que é citado pelo jornal britânico, tendo as autoridades acusado o grupo de ativistas de "conduta ilegal" que "prejudicou a ordem pública e segurança".
Leia Também: Abusa dos seus alunos menores e é agredida pelos pais à saída da escola