"Felicitamos a Maria Ressa por ter sido galardoada com o Prémio Nobel da Paz, reconhecendo o seu empenho na salvaguarda da liberdade de expressão", publicou a embaixada na sua conta na rede social Twitter, segundo a agência Efe.
Além de Maria Ressa, o Comité Nobel distinguiu sexta-feira com o mesmo galardão o jornalista russo Dmitry Muratov.
Segundo justificou a presidente do Comité Nobel, Berit Reiss-Andersen, os dois jornalistas foram distinguidos "pela sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia", sublinhando que ambos "são representantes de todos os jornalistas que defendem este ideal num mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas".
As felicitações aos jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov pela atribuição do Prémio Nobel da Paz têm surgido de várias personalidades, como o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel e do último líder soviético, Mikhail Gorbatchov.
Também algumas organizações como a Repórteres sem Fronteiras, a Associação de Correspondentes Estrangeiros das Filipinas ou o Comité para a Proteção dos Jornalistas se congratularam com a notícia.
Maria Ressa, de 58 anos, "usa a liberdade de expressão para expor o abuso de poder, o uso da violência e o crescente autoritarismo" nas Filipinas, onde dirige o Rappler, um órgão de comunicação social digital que se dedica ao jornalismo de investigação e que cofundou em 2012.
Dmitry Muratov, de 59 anos, é um dos fundadores do jornal independente Novaya Gazeta, nascido em 1993 e de que é chefe de redação há 24 anos.
Os laureados irão receber um prémio de oito milhões de coroas suecas (cerca de 788 mil euros), além de um diploma e uma medalha.
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