As negociações vão ocorrer semanas depois de Biden ter assinado uma ordem executiva ameaçando impor sanções contra o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, e contra outros líderes envolvidos no conflito que envolve a região de Tigray, se não forem tomadas medidas em breve para acabar com a guerra que dura há 11 meses.
Contudo, a situação parece deteriorar-se, com as forças do Tigray a acusar o Governo da Etiópia de ter lançado uma ofensiva militar, na tentativa de por fim à guerra, denunciando que centenas de milhares de combatentes etíopes fizeram um ataque coordenado em várias frentes.
O Quénia, que faz fronteira com a Etiópia, há muito que tem um próximo relacionamento com os EUA, fazendo parceria com Washington nos esforços para impedir o terrorismo islâmico.
O Governo de Biden ameaçou avançar com sanções, em breve, se não houver uma mudança dramática da situação no terreno, ao mesmo tempo que as Nações Unidas alertam para o facto de centenas de milhares de pessoas estarem a viver em condições de fome.
Os EUA e as Nações Unidas afirmam que as tropas etíopes impediram a passagem de camiões que transportavam alimentos e outras ajuda humanitária.
O encontro de Biden com Kenyatta acontece no momento em que o líder queniano enfrenta um apertado escrutínio sobre as propriedades 'offshore' que detém e que foram descobertos no âmbito da investigação jornalísticas designada como 'Pandora Papers'.
Kenyatta é um dos mais de 330 atuais e ex-políticos identificados como beneficiários das contas secretas reveladas numa reportagem do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que denunciou o facto de o Presidente queniano fazer publicamente campanha contra a corrupção quando arrecadava cerca de 25 milhões de euros em 'offshores'.
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