França "ao lado" da Guiné na luta contra corrupção e tráfico de droga
O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje apoiar os esforços da Guiné-Bissau no combate à corrupção e agradeceu o apoio do Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, na estabilização da região.
© Lusa
Mundo Guiné-Bissau
"Felicito os esforços corajosos e determinados do Presidente em termos de luta contra a corrupção e contra o tráfico, particularmente o tráfico de droga, que durante tanto tempo desestabilizaram o país. A França está ao vosso lado para apoiar os vossos esforços", afirmou Emmanuel Macron aos jornalistas antes do início do encontro no Palácio do Eliseu com Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente da Guiné-Bissau está em Paris para uma visita oficial de dois dias a convite do chefe de Estado francês e aproveitou para agradecer o apoio francês, assegurando que o seu país está a viver "uma nova dinâmica".
"Posso assegurar que a Guiné-Bissau voltou a encontrar o seu caminho após longos anos de instabilidade. A França esteve sempre ao lado da Guiné-Bissau. Hoje estamos a viver uma nova dinâmica", reforçou Umaro Sissoco Embaló, que fez questão de falar em francês.
Outro dos pontos fortes na agenda dos dois líderes é o contexto regional, com a instabilidade criada pelos golpes de Estado na Guiné-Conacri, que faz fronteira com a Guiné-Bissau, e no Mali.
"O nosso encontro vai servir também para evocar a situação na região, quer seja o Sahel ou a África Ocidental. Neste ponto, a França apoia completamente as exigências da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental [CEDEAO] relativamente às autoridades guineenses e malianas. Estamos prontos, com os nossos parceiros europeus, a transmitir e ajudar a que se concretizem as decisões tomadas nos próximos dias pela CEDEAO", disse o Presidente francês.
Já Umaro Sissoco Embaló reconheceu os "problemas" na região, mas focou-se no futuro da juventude africana, dias após o Presidente francês ter organizado uma cimeira França-África em que a juventude esteve em destaque.
"Sabemos o quão próximo é da juventude africana. Nós somos os dois jovens e penso que a minha política, tal como as políticas francesas, podem ajudar a criar empregos e universidades para pouparmos a nossa juventude de morrer inutilmente no mar", indicou o Presidente da Guiné-Bissau.
Ainda na discussão entre os dois líderes estará o reforço da francofonia na Guiné-Bissau, assim como a ajuda da França ao setor da agricultura.
A delegação desta visita do Presidente da Guiné-Bissau a França inclui o ministro das Finanças, João Fadiá, e o ministro da Defesa, Sandji Fati, e estes governantes vão ter também reuniões bilaterais com os seus homólogos ou com os seus representantes em Paris.
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