De acordo com a imprensa sul-africana, Mkhize requereu o parecer do Tribunal Superior de Joanesburgo sobre as conclusões da investigação aos contratos irregulares multimilionários com a empresa de comunicação Digital Vibes.
O antigo governante, que foi elogiado pelo Presidente da República Cyril Ramaphosa pelo seu trabalho como ministro na luta contra a pandemia na África do Sul, mas foi forçado a demitir-se em agosto, também quer que o tribunal declare a investigação "ilegal" e "inconstitucional".
O relatório da SIU, divulgado no final do mês passado, concluiu que Mkhize, a sua família e alguns dos seus associados mais próximos beneficiaram com os contratos governamentais que se destinavam, oficialmente, a financiar campanhas de sensibilização para combater a pandemia da covid-19.
No seu relatório, a SIU, salienta que as verbas irregulares ascendem a 150 milhões de rands (8,8 milhões de euros), segundo a imprensa sul-africana.
Os investigadores instaram ainda o Presidente Cyril Ramaphosa a impor sanções ao seu amigo e ex-ministro, apelando também à acusação do antigo diretor-geral do Ministério da Saúde, Anton Pillay.
Antigo tesoureiro e membro da direção nacional do Congresso Nacional Africano, o partido no poder na África do Sul desde 1994, Zweli Mkhize demitiu-se do cargo de ministro da Saúde em 05 de agosto, minutos antes de Cyril Ramaphosa anunciar uma remodelação governamental na sequência dos tumultos e violência, em julho, que causou pelo menos 330 mortos no país.
O Presidente Ramaphosa prometeu combater a corrupção endémica no histórico ANC governamental quando sucedeu ao Presidente Jacob Zuma, em 2018, que foi forçado a sair por uma série de escândalos de corrupção ao mais alto nível do Estado.
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