Eitan Biran deve voltar ao "local da sua residência normal, que é a Itália" e condenou o avô a pagar as custas judiciais e honorários dos advogados, valor de 70.000 shekels (19.000 euros)", determina o tribunal, citado pela agência francesa de notícias AFP.
O menino, de seis anos, foi confiado pela Justiça italiana à sua tia paterna - que mora na província de Pavia, no norte da Itália -, na sequência da morte dos seus pais, do seu irmão mais novo e de dois outros membros da família devido à queda de um teleférico em 23 de maio, em Stresa, um 'resort' em Itália, que, no total, provocou a morte de 14 pessoas.
Eitan, gravemente ferido, foi confiado à tia paterna, sendo que a família da sua mãe, que reside em Israel, ficou com direito a visitá-lo.
A Justiça italiana também ordenou a devolução do passaporte da criança, atualmente na posse da família materna.
No início de setembro, durante uma visita, o seu avô materno levou o menino para Israel, a bordo de um jato particular, não o tendo entregado de volta à tia, como estava estabelecido.
A Justiça italiana abriu uma investigação por sequestro, acusações que foram rejeitadas pela família materna de Eitan Biran, tendo o avô materno alegado que os pais do menino queriam que ele crescesse em Israel.
"O tribunal não ficou convencido com as alegações do avô, que referiu ainda que o regresso da criança a Itália viola o dever de proteção do menor, além de evocar a possibilidade de o menino ficar transtornado por voltar a Itália", indicou o tribunal de família de Telavive.
"Nas circunstâncias descritas, nada impede que o regresso do menor ao seu lugar de residência habitual em Itália, onde devem ser esclarecidas as questões relacionadas com o seu bem-estar em sentido lato, bem como com o seu futuro", acrescentou o tribunal.
Os pais de Eitan, Amit Biran, de 30 anos, e Tal Peleg, de 27, viviam há vários anos em Itália, onde Amit estudava medicina.
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