"A Argentina tem disponibilidade de vacinas para poder vacinar os turistas que entrarem no país e para as estratégias de vacinação de províncias limítrofes, de vacinação nas fronteiras", anunciou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, durante conferência de imprensa.
O anúncio surpreendeu já que o nível de vacinação para os próprios argentinos ainda está distante da imunidade coletiva. No entanto, a ministra indicou que não faltarão vacinas para a população.
"Temos número suficiente de doses de vacinas para todos os argentinos em todas as etapas da vida", garantiu Vizzotti.
A vacinação de turistas estrangeiros será, basicamente, para os menores de 18 anos já que os adultos só podem entrar no país se apresentarem o esquema completo de vacinação com, pelo menos, 14 dias desde a segunda dose.
"A medida é fundamentalmente para os menores de 18 anos, aqueles que vão poder entrar sem a vacinação por turismo. Também aqueles turistas maiores de 18 anos que visitarem o país dentro de alguma exceção", acrescentou Vizzotti.
Ao lado da ministra da Saúde, o ministro do Turismo, Matías Lammens, interpretou a decisão como uma atração para o chamado "turismo de vacinas".
"Será um atrativo enorme para os turistas de todo o mundo para que nos visitem. O turismo recetivo para a economia nacional é determinante. Em 2019, foi o quarto item na geração de divisas", apontou Lammens.
O ministro também anunciou uma nova eliminação de um requisito para a entrada de turistas do exterior. Não será mais exigido o segundo exame de PCR entre o quinto e o sétimo dia depois da entrada em território argentino.
Para quem chegava do exterior, eram necessários três exames: um PCR negativo até 72 horas antes do embarque, em linha com o exigido pela maioria dos países.
Porém, além desse exame, a Argentina exigia um teste rápido, feito no aeroporto a todos os que aterravam no país e, entre cinco e sete dias depois, um novo PCR.
Desde o dia 19 de outubro, o teste rápido no aeroporto foi eliminado. A partir de agora, será também eliminado o PCR de uma semana depois.
As únicas exigências agora serão um PCR negativo de até 72 horas antes do embarque e o esquema completo de vacinação para os maiores de 18 anos.
No passado dia 01 de outubro, as fronteiras argentinas foram abertas aos estrangeiros de países vizinhos (Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile). No próximo dia 01 de novembro, serão abertas a todos os estrangeiros, sem exceção.
Atualmente, 55,4% dos argentinos estão completamente vacinados e 72,6% possuem a primeira dose. O país acumula 5,281 milhões de casos dos quais 115.851 faleceram.
Nos últimos meses, o número de casos tem diminuído substancialmente, mas, nos últimos dias, essa queda foi interrompida. Em algumas províncias, houve um incipiente aumento de casos, especialmente da variante Delta, responsável por 60% dos novos contágios.
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