Boyan Rasaste é acusado de "atentar contra a ordem pública" e de "agressão motivada por homofobia, racismo ou xenofobia".
No sábado, uma dezena de pessoas entrou nas instalações de uma associação que defende os direitos das minorias sexuais e de género, a Rainbow Hub, destruiu o local e espancou uma mulher.
Segundo as vítimas, os atacantes foram liderados por Rassate, um dos 23 candidatos às eleições presidenciais de 14 de novembro na Bulgária.
Na sequência do levantamento por parte da comissão eleitoral, a pedido do Ministério Público, da imunidade de que gozava enquanto candidato presidencial, Rassate foi detido na terça-feira à noite.
Questionado por jornalistas, recusou-se a reconhecer a sua responsabilidade pelo ataque, ao mesmo tempo que acusava a comunidade LGBT+ de "corromper os jovens".
O ataque é "mais um exemplo preocupante das crescentes ameaças contra as ONG que trabalham pela igualdade de direitos da comunidade LGBT+", disse na terça-feira a comissária para os Direitos do Homem do Conselho da Europa, Dunja Mijatovic.
"As autoridades búlgaras devem tomar medidas urgentes para impedir que políticos e partidos usem a comunidade LGBT+ como bode expiatório", disse o diretor regional adjunto da Amnistia Internacional, Massimo Moratti.
O ataque foi condenado na segunda-feira por onze países ocidentais, incluindo Portugal. "As embaixadas dos Estados Unidos, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Irlanda, Holanda, Portugal, Espanha e Reino Unido condenam veementemente o ataque ao Rainbow Hub", lê-se num comunicado conjunto.
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Lusa/fim