"O que acontecer em 2022 depende de nós, a possibilidade de assumir o controlo da transmissão está aí: podemos eliminar mortes, hospitalizações, mas temos que tomar decisões coletivas e individuais conscientes para isso", afirmou a líder técnica da resposta à covid-19 na OMS, Maria Van Kerkhove, na videoconferência de imprensa regular da organização sobre a pandemia.
Segundo a epidemiologista, "a trajetória da pandemia está, como sempre esteve, nas mãos" das pessoas.
"[A pandemia] causou muita dor, raiva e frustração, mas necessitamos que estas emoções se transformem em ações para nos protegermos, a nós e aos outros", afirmou Maria Van Kerkhove, que se manifestou preocupada com o recrudescimento da covid-19 na Europa, onde os contágios aumentaram 50% nas últimas quatro semanas.
Por sua vez, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, revelou-se preocupado com o facto de a pandemia continuar a causar mais de 50 mil mortes semanais no mundo, tendo na última semana estado na origem do aumento de 10% dos óbitos em 50 países.
"Isto não deveria estar a ocorrer, temos as ferramentas para evitar a transmissão [do vírus] e salvar vidas", disse.
A pandemia da covid-19 provocou pelo menos 5.020.845 mortes em todo o mundo, entre mais de 248,03 milhões infeções, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa AFP.
De acordo com a epidemiologista da OMS Maria Van Kerkhove, o número global de mortos "é na realidade muito mais alto", uma vez que muitos casos não foram contabilizados pelas redes sanitárias.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.184 pessoas e foram registados 1.094.048 casos de infeção, segundo dados atualizados da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 é doença respiratória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.
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