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Desvio do avião para Palma de Maiorca pode ter sido combinado no Facebook
A polícia espanhola está a investigar a fuga de um grupo de imigrantes marroquinos que, depois de saírem do avião, começaram a fugir nas pistas do aeroporto. Doze pessoas foram detidas e outras 12 continuam por localizar.
© iStock
Mundo Migrantes
O grupo de imigrantes que aproveitou uma aterragem em Palma de Maiorca para tentar fugir pela pista do aeroporto poderá ter planeado a fuga através de um grupo de Facebook.
Enquanto a polícia espanhola continua a investigar o caso, bem como a procurar 12 dos fugitivos, a agência Efe teve acesso a algumas publicações de um grupo naquela rede social, denomidado "Brooklyn", do qual fazem parte milhares de jovens marroquinos.
Nesse grupo, em julho deste ano, há uma publicação que descreve uma ação muito semelhante à que aconteceu no aeroporto de Palma.
"Pessoal, ouçam, a maioria quer emigrar. Sigam este plano: precisamos de 40 voluntários. Rapazes do Brooklyn que reservam um avião para a Turquia e sobrevoam Espanha", lê-se na mensagem, que acrescenta que um passageiro vai sugerir que está doente e que todos vão aproveitar para fugir.
"Nos próximos dias vamos organizar. Os interessados que se inscrevam", conclui esta publicação, que está a ser analisada pelos especialistas.
De acordo com a agência Efe, o 'post' foi feito por um jovem de Casablanca que é o administrador do grupo.
A ideia seria aproveitar esta aterragem em Espanha para entrar ilegalmente no país, aproveitando o facto de que os marroquinos não precisam de visto para viajar para a Turquia e que o voo entre os dois países sobrevoa espaço aéreo espanhol.
Recorde-se que o incidente aconteceu na passada sexta-feira, pelas 19h00, quando um avião da companhia aérea marroquina Air Arabia, que voava de Casablanca para Istambul, aterrou na capital das Baleares para assistência a um passageiro marroquino, de 32 anos, uma situação que um grupo de 24 pessoas aproveitou para abandonar o avião, o que chegou mesmo a obrigar à interrupção do tráfego aéreo.
Até agora foram detidas 12 pessoas, nove das que tentaram fugir, outra por tentar atacar uma guarda civil no mesmo avião, o passageiro que solicitou assistência médica e aquele que o acompanhou. A Polícia espanhola continua à procura dos restantes 12 migrantes.
A delegada do governo, Aina Calvo, disse no sábado que "todos os cenários estão em aberto" e descreveu a ação como algo que "nunca tinha acontecido antes" e que "põe em risco o tráfego aéreo".
Leia Também: Detidas 11 pessoas que fugiram de avião que aterrou em Palma de Maiorca
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