O presidente da comissão da Câmara dos Representantes, o congressista Bennie Thompson, salientou em comunicado que o painel solicitou testemunhos e documentos de ex-colaboradores da campanha de Trump para as presidenciais norte-americanas.
E ainda de outros membros que participaram na chamada 'sala de guerra' antes do cerco ao Capitólio e criaram estratégias sobre como impedir a legitimação da vitória do atual presidente Joe Biden, noticia a agência AP.
O representante do Mississippi acrescentou que a comissão emitiu intimações ao responsável pela campanha eleitoral Bill Stepien, ao conselheiro sénior da campanha Jason Miller, à assistente executiva Angela McCallum, ao advogado do ex-presidente John Eastman, ao ex-conselheiro de segurança nacional que conversou com Trump antes do ataque ao Capitólio Michael Flynn, e Bernard Kerik, que segundo a comissão pagou quartos de hotel que serviram como centros de comando antes de 06 de janeiro.
"Nos dias que antecederam o ataque de 06 de janeiro, os aliados e conselheiros mais próximos do ex-presidente conduziram uma campanha de desinformação sobre a eleição e planearam formas de impedir a contagem dos votos do Colégio Eleitoral. A comissão precisa de saber todos os detalhes sobre os esforços feitos para derrubar a eleição, incluindo com quem eles estavam a conversar na Casa Branca e no Congresso, quais as ligações que estes tinham com os comícios que se transformaram em tumultos e quem pagou tudo", pode ler-se.
Os manifestantes, que empurraram violentamente a polícia para invadir o Capitólio e interromper a contagem eleitoral, reiteraram as alegações de Trump de uma fraude generalizada, nunca provada, e a comissão referiu que as seis pessoas intimadas ajudaram a ampliar a desinformação nos dias que antecederam o ataque.
As alegações de fraude apontadas por Donald Trump surgiram quando as autoridades eleitorais e tribunais de todo o país legitimavam a vitória de Biden.
O ex-procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, afastou a possibilidade de fraude nas eleições presidenciais.
Estas intimações surgem num momento em que a comissão trabalha com outros conselheiros próximos de Trump para obter testemunhos e após já ter entrevistado mais de 150 pessoas.
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