As operações antiterroristas foram realizadas entre 29 de outubro e hoje nos estados de Borno e Yobe, comunicou o porta-voz militar, o general Bernard Onyeuko, na capital, Abuja.
"No decurso destas operações, durante o período de duas semanas, 31 terroristas foram neutralizados e 71 presos", declarou o porta-voz.
Os detidos são residentes de um campo de deslocados e incluem "duas mulheres fornecedoras de logística", estando uma delas acompanhada pelo seu filho de 02 anos, explicou.
"Foi também recuperado um total de 122 armas. Além disso, um total de 97 civis raptados foram resgatados, enquanto um total de 1.186 elementos do Boko Haram e as suas famílias, incluindo 226 homens, 406 mulheres e 555 crianças, se renderam às nossas tropas em diferentes locais no estado de Borno", acrescentou o General.
O Iswap surgiu em 2016 após divergências internas dentro do grupo extremista Boko Haram.
Ambas as organizações têm vindo a aterrorizar o nordeste da Nigéria durante anos, com o objetivo de impor um Estado islâmico no país.
A separação deu-se por divergências com o comandante Abubakar Shekau, que morreu no início deste ano em lutas internas entre as duas fações.
A Nigéria é maioritariamente muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.
Segundo as Nações Unidas, mais de 35.000 pessoas foram mortas e cerca de dois milhões foram deslocadas na Nigéria pela campanha sangrenta de Boko Haram, que começou em 2009.
A violência do grupo também se propagou ao Níger, Chade e Camarões.
O Boko Haram foi fundado em 2002, no estado de Borno, e numa fase inicial realizava ataques contra a polícia para denunciar a negligência das autoridades em relação ao norte.
Em 2009, porém, radicalizou-se depois de agentes terem matado o seu líder espiritual Mohammed Yusuf.
O Iswap tornou-se o grupo extremista dominante no nordeste da Nigéria, e realizou ataques em grande escala contra o Exército nigeriano.
Em 14 de outubro, o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas nigerianas, o general Lucky Irabor, afirmou que o líder do Iswap, Abu Mousad al-Barnaoui, estava morto, sem dar pormenores sobre quando, onde e como morreu o líder 'jihadista', sobre o qual pouco se sabe, incluindo a sua idade e aparência física.
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