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Filho mais novo de Kadhafi formaliza candidatura à presidência da Líbia

Saif al-Islam, filho do antigo líder líbio Muammar Kadhafi, e procurado pela justiça internacional, apresentou hoje a sua candidatura oficial às eleições presidenciais previstas para dezembro, segundo a comissão eleitoral organizadora, citada pela France-Presse.

Filho mais novo de Kadhafi formaliza candidatura à presidência da Líbia
Notícias ao Minuto

12:14 - 14/11/21 por Lusa

Mundo Eleições

"O candidato Saif al-Islam Muammar Kadhafi fez a sua candidatura à presidência do Estado líbio", anunciou a Alta Comissão Eleitoral (HNEC, na sigla em inglês) que organiza as eleições presidenciais de 24 de dezembro e as legislativas um mês mais tarde, de acordo com a agência France-Presse.

Saif al-Islam "submeteu os documentos na delegação da HNEX em Sebha [sul], completando assim todas as condições jurídicas requeridas pela lei número 1 relativa à eleição do chefe de Estado, adotada pelo parlamento", referiu a HNEC num comunicado publicado no Facebook.

Com 49 anos, Saif al-Islam também viu ser emitido o seu cartão de eleitor na secção eleitoral número 21.021 na cidade de Sebha, de acordo com a comissão.

A HNEC anunciou na segunda-feira a abertura das candidaturas para a eleição presidencial.

O culminar de um processo político laborioso patrocinado pelas Nações Unidas, as eleições devem virar a página de uma década desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, morto em 2011 durante uma revolta popular, e encerrar as lutas entre os dois campos rivais, um no oeste e outro no leste do país.

No final de julho, Saif al-Islam, filho mais novo do ex-ditador líbio, falou, em entrevista ao New York Times, da sua intenção de se candidatar à presidência.

O agora candidato foi capturado em 2011 por um grupo armado em Zenten, no noroeste da Líbia, tendo sido condenado à morte em 2015, depois de um julgamento rápido.

No entanto, o grupo que o deteve recusou-se a entregá-lo às autoridades ou ao Tribunal Penal Internacional (TPI), que o procura desde 2011 sob a acusação de "crimes contra a humanidade".

O grupo libertou-o em 2017 e não deixou rasto.

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