Filiação de Bolsonaro no Partido Liberal ainda em aberto

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, deixou hoje em aberto a possibilidade de se juntar ao Partido Liberal (PL) para concorrer às eleições presidenciais do próximo ano, com o partido a cancelar o evento do próximo dia 22.

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Lusa
14/11/2021 17:46 ‧ 14/11/2021 por Lusa

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"Quer saber a data da criança se eu nem casei ainda? Em que data vai nascer a criança? Há muita coisa a conversar com o Valdemar [Costa Neto, presidente do PL]", afirmou o chefe de Estado brasileiro, citado pela agência France-Presse (AFP), em declarações à comunicação social no Dubai, onde está em visita oficial desde sexta-feira.

Na quarta-feira, o PL tinha anunciado que a adesão do Presidente brasileiro ao seu partido iria acontecer no dia 22 de novembro, tendo hoje confirmado que tal tinha sido adiado após "uma intensa troca de mensagens na madrugada deste domingo".

"Eu acho difícil essa data de 22. Tenho conversado com ele [Costa Neto] e estamos em comum acordo que podemos atrasar um pouco esse casamento para que ele não comece sendo muito igual aos outros", sublinhou o chefe de Estado.

Na terça-feira, Bolsonaro já tinha dito que estava "quase certa" a sua ida para o PL.

Eleito Presidente em 2018 pelo Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro deixou a força partidária no final de 2019 quando anunciou que pretendia formar um partido próprio nomeado como Aliança pelo Brasil.

O Presidente brasileiro, porém, não conseguiu organizar o novo partido a tempo de disputar as eleições e tem negociado entrar num partido já constituído para disputar a reeleição.

Ao longo de sua trajetória, Bolsonaro já foi filiado em oito partidos políticos.

O Presidente começou a sua carreira política em 1988 no Partido Democrata Cristão (PDC). Em 1993, este partido uniu-se ao Partido Democrático Social (PDS), criado por antigos filados da Arena que sustentou a ditadura militar no Brasil (1964-985), numa aliança que deu origem ao Partido Progressista Reformador (PPR).

O chefe de Estado ficou no PPR até 1995, quando este partido se uniu a outro e deu origem ao Partido Progressista Brasileiro (PPB).

Em 2013, Bolsonaro migrou para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Oito anos depois, o atual Presidente filiou-se no antigo Partido da Frente Liberal (PFL), que deu origem ao Democratas (DEM), mas ficou menos de quatro meses e voltou para o Partido Progressista (PP), nova denominação do PPB.

Em 2016, Jair Bolsonaro ingressou no Partido Social Cristão (PSC) e, por fim, em 2018 filiou-se no PSL, com que disputou e vendeu as eleições presidenciais do Brasil.

Pelas sondagens mais recentes, o ex-Presidente brasileiro Lula da Silva é o claro favorito à vitória nas presidenciais de 2022, com as intenções de voto perto de 50%, sendo que Bolsonaro não passa de 30%.

Bolsonaro realiza um périplo pelo Golfo Pérsico com o objetivo de atrair investimentos de fundos soberanos. Além dos Emirados Árabes Unidos, o chefe de Estado visitará ainda o Bahrein e o Qatar.

Leia Também: Líder do Senado defende "terceira via" entre Lula e Bolsonaro

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