Segundo a convocatória, as reuniões vão decorrer nos dias 26 e 27 e serão debatidas a situação política do país, os processos em curso no Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização e os preparativos dos congressos e conferências da juventude do partido, da União Democrática das Mulheres e da Conquatsa (Conferência Nacional dos Quadros Técnicos Militantes, Simpatizantes e Amigos do PAIGC).
Também será analisado, segundo a convocatória, o relatório do secretariado nacional sobre as decisões tomadas na última reunião do comité central.
A Guiné-Bissau tem vivido momentos de alguma tensão política, depois de o Presidente Umaro Sissoco Embaló ter voltado a ameaçar dissolver o parlamento e de o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, ter mandado reter um avião que aterrou no aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, por alegada ordem da Presidência guineense.
O primeiro-ministro anunciou, entretanto, uma investigação externa em relação ao avião.
O chefe de Estado realizou na semana passada um Conselho de Estado para analisar a situação política do país, mas o primeiro-ministro não esteve presente, reforçando a ideia de que as relações entre os dois estão crispadas, depois de na celebração do dia das forças armadas o Presidente não ter cumprimentado publicamente Nuno Gomes Nabiam.
Mais tarde, foi divulgado à imprensa pela Presidência um vídeo de o chefe de Estado a cumprimentar o primeiro-ministro quando chegou ao estádio nacional 24 de Setembro, onde decorreram as cerimónias.
Já a nível interno do PAIGC, vencedor das legislativas de 2019, mas que não está no poder, o 'bureau' político e o comité central também devem ser informados sobre os processos em curso no Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização.
No último ano, o Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização do partido suspendeu a militância dos cinco deputados que votaram a favor do programa do Governo, liderado por Nuno Gomes Nabiam, e notificou o presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, bem como o antigo primeiro-ministro Artur Silva, além do antigo líder do partido e ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, e a atual chefe da diplomacia guineense, Suzi Barbosa.
Leia Também: OMS Europa promete assistir migrantes na fronteira bielorrussa-polaca