Hoje, mais de uma dúzia de famílias das vítimas do tiroteio de 2018 no liceu de Parkland, na Flórida, chegaram a acordo com a justiça norte-americana. Em causa estava o processo judicial iniciado depois de o FBI ter ignorado avisos sobre o atirador.
No dia 14 de fevereiro de 2018, Dia dos Namorados, Nikolas Cruz abriu fogo no liceu Marjory Stoneman Douglas, matando 17 alunos e funcionários e ferindo outros 17. Segundo o processo judicial, o FBI terá recebido alertas sobre o comportamento violento do jovem, a sua instabilidade mental e ainda quanto à compra de armas de fogo por parte do mesmo, mas não interveio.
O rapaz, hoje com 23 anos, declarou-se culpado dos 17 homicídios e arrisca, agora, a pena de morte.
Kristina Infante, advogada das famílias, adiantou que apesar de os detalhes financeiros serem confidenciais, esta é uma decisão “histórica” e a “culminação dos árduos esforços das famílias de Parkland pela verdade e responsabilização”. A Reuters, contudo, diz que o montante ronda os 130 dólares (115.648.000 euros), citando uma fonte próxima.
Em outubro, o Departamento de Justiça apresentou uma moção na qual considerava que “a teoria das famílias é baseada na pura especulação de que os agentes especiais do departamento de Miami seriam capazes de impedir que Cruz cometesse o seu ato hediondo”.
“Não só é uma teoria especulativa, mas depende necessariamente de um amontoar inadmissível de deduções sobre como uma investigação teria levado à prevenção do crime”, acrescentava o documento.
Num outro processo judicial, mais de duas dúzias de sobreviventes conseguiram um acordo de 25 milhões de dólares (cerca de 22.245.000 milhões de euros) contra o Broward County School Board, mas não inclui qualquer admissão de culpa por parte da escola, diz a CNN.
Leia Também: Autor de massacre de 2018 em Parkland confessa culpa e arrependimento