O autocarro que explodiu na Bulgária, na terça-feira, tinha 30 mil peças de fogo de artifício no porão de bagagem, segundo os relatórios preliminares. O acidente vitimou mortalmente 46 pessoas, incluindo 12 crianças.
As autoridades acreditam que o autocarro turístico bateu nos rails da autoestrada a 90 km/h e acabou por pegar fogo perto de Sófia, quando voltava de Istambul, na Turquia, para Skopje, na Macedónia do Norte.
Um dos sete sobreviventes, que escapou depois de partir uma janela e fugir do veículo em chamas, disse que a cena o fazia lembrar um filme de terror quando o fumo denso encheu o autocarro ao mesmo tempo que as pessoas gritavam desesperadamente por socorro.
O incêndio foi tão intenso que muitas das vítimas ficaram queimadas ao ponto de ficarem irreconhecíveis. Equipas forenses foram enviadas para tentar identificar os corpos.
Uma investigação inicial descobriu que o incêndio começou na frente do autocarro depois de os fogos de artifício terem explodido, de acordo com a agência de notícias macedónia Infomax, não tendo ainda sido confirmado pelas autoridades.
O motorista terá morrido antes que as chamas se instalassem, o que significou que não havia ninguém para abrir as portas do veículo. Os sobreviventes foram hospitalizados em Sofia em condições estáveis, apesar dos ferimentos e das queimaduras graves, de acordo com Maya Argirova, chefe da clínica de queimados de Pirogov.
O acidente foi o mais mortal na Europa nos últimos dez anos.
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