"A União Europeia tem de se adaptar às circunstâncias políticas nos vários países parceiros e a Guiné-Bissau não é uma exceção", afirmou Rita Laranjinha, em entrevista à Lusa, quando questionada sobre em que medida as cíclicas crises políticas do país podem afetar a cooperação com a organização europeia.
Segundo a embaixadora, é "verdade que quando há instabilidade é mais difícil avançar na preparação da programação".
"Tem sido ainda assim possível. A imagem que a União Europeia tem deste país e a avaliação positiva que ouvi da parte dos meus interlocutores sobre a cooperação que tem sido feita ao longo dos anos prova que a União Europeia tem conseguido adaptar-se a essas circunstâncias e ter um quadro de cooperação continuado com a Guiné-Bissau", afirmou Rita Laranjinha.
A diplomata falava à Lusa no âmbito de uma visita que realizou à Guiné-Bissau para fazer um balanço da cooperação entre a UE e o país e para projetar a cooperação futura.
"É óbvio que a ambição da União Europeia é sempre que haja estabilidade, diálogo interinstitucional e que haja cooperação entre as várias forças políticas, porque facilita o trabalho, mas porque é um fator essencial para o desenvolvimento e o progresso dos países parceiros", salientou Rita Laranjinha.
Durante a sua estada em Bissau, que terminou sábado, a diretora-geral do Serviço Europeu de Ação Externa esteve reunida com as autoridades guineenses, realizou um encontro com vários membros do Governo, sociedade civil, e embaixadores de países de Estados-membros da União Europeia.
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