Juízes do Supremo Tribunal dos EUA parecem aceitar lei que limita aborto

Juízes do Supremo Tribunal dos Estados Unidos parecem estar a favor da nova lei do aborto no estado do Mississippi, que pode ter consequências para 36 milhões de mulheres em 21 estados do país.

Notícia

© Getty

Notícias ao Minuto
02/12/2021 11:13 ‧ 02/12/2021 por Notícias ao Minuto

Mundo

Aborto

O Supremo Tribunal dos EUA parece estar inclinado a aceitar a nova lei do aborto no Mississippi. Lei esta que proíbe o aborto após 15 semanas de gravidez, mesmo em casos de violação ou incesto, segundo o que foi dito esta manhã em tribunal, e reportado pela BBC.

Esta quarta-feira começou uma audiência para analisar esta nova lei do aborto no Mississippi. Porém, os juízes conservadores deram a entender que a maioria apoiava a lei conservadora.

Esta decisão vai  entrar em vigor em junho no estado do Mississippi e vai fazer com que milhões de mulheres percam o acesso ao aborto após as 15 semanas de gravidez.

Este processo é concedido como 'Dobbs v Jackson Women's Health Organization', e considerado por muitas mulheres a última oportunidade do direito ao aborto após as 15 semanas de gravidez no estado do Mississippi ser permitido legalmente.

O primeiro processo em que se debateu o aborto no supremo tribunal foi em 1973, e chamava-se 'Roe v Wade'. Na altura deu às mulheres nos Estados Unidos o direito absoluto ao aborto nos primeiros três meses de gravidez e direitos limitados no segundo trimestre.

Em 1992 existiu o processo 'Planned Parenthood v Casey', em que o tribunal decidiu que os estados não podiam colocar oposição às mulheres que decidiam fazer o aborto antes das 24 semanas de gravidez.

O Supremo Tribunal é o mais alto tribunal dos Estados Unidos, a quem compete avaliar este tipo de casos polémicos na sociedade, sempre que solicitado. Recentemente o tribunal foi remodelado, com três nomeações de juízes sob a admiração de Donald Trump e foi considerado o mais conservador da história moderna dos Estados Unidos - com uma maioria de seis juízes conservadores para três democratas.

Se o tribunal determinar que a lei do Mississippi não vai ser negativa para as mulheres que querem abortar, ou seja, que estas não vão ter a sua saúde em risco, pelo menos 21 estados devem introduzir restrições ao aborto no futuro próximo. Neste caso, proibições definitivas após as 15 semanas como é o caso do Mississippi.

Nestes 21 estados, quase metade das mulheres americanas em idade reprodutiva (18-49), cerca de 36 milhões de pessoas,  podem perder o acesso ao aborto, de acordo com uma pesquisa da Planned Parenthood, uma organização de saúde que oferece a possibilidade do aborto.

Leia Também: Congresso do Chile rejeita lei para despenalização do aborto

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas