A junta governamental do Mali ameaça utilizar os serviços do grupo russo Wagner, uma empresa privada suspeita de ser próxima do Presidente Vladimir Putin.
A França avisou Moscovo que o destacamento de mercenários russos na faixa do Sahel-Saara seria "inaceitável".
A UE anunciou, em meados de novembro, que estava a preparar sanções contra o grupo mercenário.
O apoio de 24 milhões de euros destina-se a ajudar a "reforçar as capacidades das forças armadas do Mali para lhes permitir realizar operações militares destinadas a restaurar a integridade territorial do país e reduzir a ameaça representada pelos grupos terroristas", declarou o Conselho da UE.
"A UE prosseguirá a profissionalização das forças armadas do Mali em três áreas principais: apoio à Academia de Oficiais que ainda não exerceram comissões, em Banankoro, a renovação das infraestruturas de formação em Sévaré Mopti e o fornecimento de equipamento às unidades apoiadas pelas forças armadas do Mali", segundo a declaração, citada pela agência France-Presse.
"A medida de ajuda poderá ser suspensa se as condições para a sua correta implementação não forem preenchidas", disse o órgão dos Estados-membros da UE.
Esta ajuda foi solicitada pelas autoridades do Mali e aprovada no âmbito do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (EPF).
Criada em março de 2021, a iniciativa permite o financiamento de ações externas da UE com implicações militares ou de defesa, com o objetivo de prevenir conflitos, preservar a paz e reforçar a segurança e estabilidade internacionais. Esta ajuda permite a entrega de armamento.
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