Guiné-Conacri. EUA quere transição rápida para entrega do poder a civis

Os Estados Unidos da América (EUA) estão a "incitar" a junta da Guiné-Conacri a fazer uma transição "rápida" para entregar o poder a civis, declarou hoje um alto funcionário norte-americano em Conacri.

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Lusa
03/12/2021 19:22 ‧ 03/12/2021 por Lusa

Mundo

Guiné-Conacri

O subsecretário de Estado norte-americano para os Assuntos Africanos, Michael Gonzales, está de visita à Guiné-Conacri desde quarta-feira, três meses após o golpe que derrubou o Presidente Alpha Condé, que estava no poder desde 2010.

O alto funcionário encontrou-se com opositores do regime de Condé e funcionários da junta no poder desde o golpe de 05 de setembro, incluindo o primeiro-ministro, Mohamed Beavogui, e o líder do golpe, agora Presidente de transição, o coronel Mamady Doumbouya.

"Quando há um golpe e a transição se arrasta, há o risco de permitir que os militares permaneçam no poder", afirmou hoje Gonzales.

O subsecretário disse ser a favor da "criação muito rápida de um CNT", um Conselho Nacional de Transição, que deveria ser o órgão legislativo da junta.

"Onde quer que tenha tido sucesso [após o golpe], houve uma curta transição que permitiu aos civis regressar ao poder", insistiu.

Gonzales também instou a junta a realizar um julgamento dos responsáveis pelo massacre de 28 de setembro de 2009, quando soldados mataram pelo menos 157 pessoas e violaram 109 mulheres num estádio onde milhares de opositores do então líder da junta, Moussa Dadis Camara, se tinham reunido, de acordo com uma comissão de inquérito das Nações Unidas.

"A responsabilidade por este massacre deve ser determinada", declarou.

O ministro da Justiça, Fatoumata Yarie Soumah, disse em 26 de novembro que o Governo estava a "preparar-se" para julgar os autores do massacre, após uma visita ao país de uma delegação do Tribunal de Justiça Internacional (TIJ).

O chefe da junta guineense, que se tornou Presidente de transição em 01 de outubro, comprometeu-se a entregar o poder a civis após as eleições, mas não mencionou um prazo para a transição.

Leia Também: Líderes golpistas da Guiné-Conacri libertam ex-presidente Condé da prisão

 

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