Mãe de Assange diz que fundador do WikiLeaks é "cruelmente torturado"
Christine Assange fala da "dor interminável e dilacerante" de recear que o filho possa vir a ser extraditado para os Estados Unidos.
© Getty Images
Mundo Julian Assange
Depois das declarações do irmão, é agora Christine Assange, mãe de Julian Assange que diz temer que o filho passe o resto da vida na cadeia.
A mãe do fundador da WikiLeaks afirma viver uma "dor interminável e dilacerante" com medo que o filho possa vir a ser extraditado para os Estados Unidos.
Christine Assange alega ainda que o filho está a ser "cruelmente torturado psicologicamente" pelas autoridades.
Numa carta aberta, Christine escreve: "Há cinquenta anos, ao dar à luz pela primeira vez como uma jovem mãe, pensei que não poderia haver dor maior. Mas logo esqueci isso quando segurei o meu lindo filho nos braços. Chamei-o de Julian".
"Percebo agora que estava errada. A dor é maior. A dor interminável e angustiante de ser a mãe de um jornalista vencedor de vários prémios que teve a coragem de publicar a verdade sobre crimes governamentais de alto nível e corrupção", escreveu ainda.
Christine afirma que a dor de ver um filho, que procurava a verdade, "ser difamado de maneira incessante pelo mundo" é maior, assim como "a dor de ver um filho, que arriscou a vida para expor a injustiça, ser-lhe negado um processo legal justo, repetidamente".
Assange está detido numa prisão de alta segurança, nos arredores de Londres, desde que foi preso pela polícia inglesa após passar sete anos na embaixada do Equador na capital britânica.
Os EUA acusam-no de espionagem por divulgar, a partir de 2010, mais de 700 mil documentos secretos sobre as atividades militares e diplomáticas norte-americanas, particularmente no Iraque e Afeganistão.
O fundador do WikiLeaks arrisca ser condenado a até 175 anos de prisão e é precisamente isso que a mãe teme.
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