Cimeira da Parceria Oriental com avisos a Putin e sem Lukashenko
A Cimeira da Parceria Oriental, que juntou hoje em Bruxelas os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, Ucrânia, Arménia, Azerbaijão, Geórgia e Moldávia, decorreu com uma cadeira vazia, a da Bielorrússia, e renovou avisos à Rússia.
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Mundo Cimeira
Na conferência de imprensa no final da reunião dos líderes dos 27 com os seus homólogos da Parceria Oriental -- da qual a Bielorrússia 'de' Alexander Lukashenko, não faz atualmente parte -, os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão, Ursula von der Leyen, destacaram que todos foram unânimes em reafirmar o apoio à população bielorrussa, reprimida pelo atual regime, e à Ucrânia, transmitindo a "mensagem muito clara" a Moscovo de que uma nova agressão militar terá "um preço elevado".
"Tivemos a oportunidade de reafirmar o nosso apoio à Ucrânia, o nosso apoio à sua integridade territorial e à sua soberania. Amanhã [quinta-feira], no formato do Conselho Europeu, teremos a oportunidade de voltar a este assunto e de dizer com força, em conjunto com os nossos parceiros, no quadro da NATO, do G7, das nossas relações com os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, que, no caso de haver agressões militares contra a Ucrânia, haverá uma resposta forte e um preço alto a pagar pelos autores dessa agressão", declarou Charles Michel.
Von der Leyen também se referiu à "preocupação partilhada" por todos os membros da Parceria Oriental com a concentração de meios militares da Rússia na fronteira com a Ucrânia e voltou a exortar Moscovo a abster-se de qualquer ato agressivo.
"Não devem restar dúvidas: a União Europeia vai responder de forma muito firme a qualquer agressão contra a Ucrânia [...] Se a Rússia cometer ações agressivas contra a Ucrânia, o preço vai ser elevado e as consequências graves", advertiu.
Já quanto ao outro 'elefante' ausente da sala, a Bielorrússia, Charles Michel observou que "houve simbolicamente um lugar vazio para esta reunião, um lugar vazio que é o da Bielorrússia, mas que não significa que tenha deixado de haver um compromisso europeu para com o povo da Bielorrússia, que merece dispor de um governo que represente as suas aspirações democráticas", disse.
Von der Leyen completou a ideia começando por dizer que espera "que esta cadeira seja em breve ocupada por um líder legítima e democraticamente eleito".
"Todos sabemos que o regime bielorrusso reprime o seu próprio povo, instrumentaliza os migrantes, colocando as suas vidas em risco, e está a lançar um ataque híbrido sem paralelo à UE. Foi bom ver o consenso entre nós, os 27, e os cinco parceiros. Nós unanimemente condenamos o comportamento de Lukashenko e todos estamos ao lado do povo bielorrusso", declarou.
As tensões a Leste vão voltar a estar na agenda dos líderes dos 27, no Conselho Europeu formal que decorre na quinta-feira em Bruxelas, e no qual Portugal está representado pelo primeiro-ministro, António Costa.
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