Governo alemão alerta para "vaga massiva" da variante Ómicron

O ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, avisou hoje que a Alemanha, já afetada por um significativo aumento de casos de covid-19, tem de se preparar para uma nova "vaga massiva" de novas infeções associadas à variante Ómicron.

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Lusa
17/12/2021 15:51 ‧ 17/12/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Temos de nos preparar para um desafio que ainda não vivenciamos desta forma. (...) O grau de perigosidade da nova variante continua difícil de avaliar", declarou o ministro, numa conferência de imprensa em Hannover, capital do estado federado da Baixa Saxónia (centro-norte da Alemanha).

Apesar de admitir que as novas infeções diagnosticadas no país são aparentemente menos graves, e que a evolução da doença parece ser ligeiramente mais suave, o ministro alemão advertiu: "É inevitável que está para vir ainda o período mais difícil".

A Alemanha foi afetada desde o início do outono por um agravamento da crise pandémica, associada à variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2.

O número de novos casos diminuiu ligeiramente desde o regresso de muitas das restrições à vida diária, mas o nível de contaminação continua alto.

Nas últimas 24 horas, segundo dados do Instituto Robert Koch de Vigilância em Saúde Pública (RKI), o número de novos casos ultrapassou os 50 mil.

O número de novas infeções diárias, salientou Lauterbach, não está a diminuir de forma acentuada e rápida, havendo uma grande ocupação de camas nas unidades de cuidados intensivos, situação que se irá agravar devido à nova variante, o que o RKI considera "muito preocupante".

O instituto defendeu, por isso, que as restrições devem ser mantidas ou mesmo intensificadas.

A taxa de vacinação anti-covid-19 completa na Alemanha, ainda considerada insuficiente, atingiu esta semana o patamar de 70% da população elegível.

A covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 77 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

 

JSD // SCA

Lusa/Fim

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