Do recolhimento ao limite de pessoas à mesa. Assim será o Natal lá fora

Por cá, a semana de contenção - prevista para janeiro - foi antecipada e começa já no dia de Natal, implicando teletrabalho obrigatório, o encerramento de bares e discotecas e também de creches. Pela Europa fora, há de tudo: se a Grécia vai reforçar o controlo policial no período de festas, a República Checa decidiu levantar o estado de emergência precisamente no dia de Natal.

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Notícias ao Minuto
21/12/2021 23:59 ‧ 21/12/2021 por Notícias ao Minuto

Mundo

Covid-19

Se em Portugal, o Governo anunciou hoje as principais medidas para a quadra festiva, há países que ainda aguardam por saber se haverá novas restrições para o Natal e Ano Novo e outros ainda onde - sabe-se já - são esperadas medidas apertadas.

Noutros ainda, como o Reino Unido, não são esperadas medidas adicionais, uma vez que o Governo defende que não há "elementos suficientes que justifiquem medidas mais severas" para a quadra natalícia.

Regra geral, é a variante Ómicron a responsável pelo apertar do cinto na maior parte dos países. As medidas vão desde um limite máximo de pessoas à mesa nos encontros familiares ao recolher obrigatório na noite de passagem de ano.

Leia aqui as medidas já anunciadas para a época festiva pela Europa fora (e não só):

REPÚBLICA CHECA

A República Checa vai levantar, a 25 de dezembro, o estado de emergência e algumas das restrições atuais, como os horários limitados de funcionamento de bares e restaurantes.

A decisão, uma das primeiras adotadas pelo novo Executivo checo após a sua tomada de posse na sexta-feira, é adotada quando o país da Europa Central regista uma tendência clara de queda no registo das infeções, entre as quais predomina a variante Delta do novo coronavírus.

Dada a incerteza sobre o possível impacto da variante Ómicron do SARS-CoV-2, que é mais contagiosa do que as estirpes anteriores, mas ainda não é dominante no território checo, as autoridades não descartam novas restrições.

"Se a situação piorar, o Governo está preparado para reabrir o debate sobre o estado de emergência", disse o primeiro-ministro, o conservador Peter Fiala.

GRÉCIA

A Grécia fortalecerá o controlo policial durante as festas de Natal para evitar a disseminação da Covid-19, ao mesmo tempo que analisa a possibilidade de exigir testes rápidos, além da vacina, para a entrada em restaurantes e lugares de entretenimento.

Cerca de 10.000 agentes farão controlos para verificar a aplicação das medidas durante as festas.

Atualmente, é necessário o atestado de vacinação ou recuperação da Covid-19 para entrar em lojas, enquanto os não vacinados devem apresentar PCR ou teste antigénio negativo. Em restaurantes, bares e casas noturnas a entrada é permitida apenas aos vacinados e aos que já tiveram a doença.

ALEMANHA
 
Na Alemanha, foi decidido limitar os contactos, mesmo entre pessoas vacinadas, a partir de 28 de dezembro, devido à disseminação da variante Ómicron.

Na sequência de uma reunião com os responsáveis das regiões (Länder), o chefe do Governo alemão, Olaf Scholz, decidiu restringir as reuniões a um máximo de dez pessoas, sem contar com os menores de 14 anos, enquanto os grandes acontecimentos, incluindo jogos de futebol, concertos ou eventos culturais, estarão vedados ao público.

Clubes noturnos e discotecas vão fechar em todo o país e todos os eventos que incluem dança estão proibidos.

REINO UNIDO

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, revelou esta terça-feira que não serão impostas mais medidas de combate à Covid-19 no país, pelo menos antes do Natal.

O anúncio surge na sequência de uma reunião de ministros, na qual os responsáveis afastaram a possibilidade de novas restrições neste momento, apesar dos avisos dos especialistas quanto ao aumento do número de vítimas mortais e de hospitalizações sem a aplicação de medidas mais severas, e da rápida propagação da variante Ómicron em território britânico.

“Não consideramos que haja elementos suficientes que justifiquem medidas mais severas antes do Natal”, disse Boris Johnson, num vídeo publicado na sua conta da rede social Twitter.

SUÉCIA

A Suécia, que durante a primeira vaga da pandemia de Covid-19 se destacou por poucas medidas preventivas, vai aplicar novas restrições a partir de quinta-feira devido ao receio associado à disseminação da nova variante Ómicron.

O período de teletrabalho vai ser estendido e os bares e restaurantes vão deixar de servir clientes de pé.

Os espaços de diversão noturna estarão encerrados na passagem de ano e os eventos com mais de 20 pessoas só podem decorrer caso os participantes estejam sentados.

Já os estabelecimentos comerciais e a restauração continuarão em funcionamento, mas com capacidade reduzida.

FRANÇA

França, que esta terça-feira registou mais 73 mil novas infeções de covid-19, sendo que 20% dos casos estão associados à nova variante Ómicron, apelou a uma "diminuição de contactos" nas férias de Natal e alertou que "podem ser adotadas outras medidas se a situação se agravar".

MARROCOS

O governo de Marrocos decretou recolhimento obrigatório na noite da passagem de ano. Estarão proibidas festas ou programas especiais em hotéis, restaurantes ou espaços turísticos na noite de 31 de dezembro.

Na véspera de Ano Novo os restaurantes e cafés devem encerrar às 23h30 e entre a meia-noite de 31 de dezembro e as 06h00 de 1 de janeiro, estará em vigor um recolhimento obrigatório.

Este anúncio surge após o primeiro caso da nova variante Ómicron ter sido detetado em Marrocos na semana passada.

MOÇAMBIQUE
 
O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, suspendeu o recolher obrigatório para os dias das festas de Natal e de fim de ano, mantendo a maioria das restrições relacionadas com a prevenção da Covid-19 no país.

"Excecionalmente, é suspenso o horário da recolha obrigatória na noite do dia 24 a 25 e na noite de 31 de dezembro a 1 de janeiro, para permitir que as famílias possam comemorar estes momentos em comunhão", disse o chefe de Estado moçambicano, durante uma comunicação à nação.

O recolher obrigatório em vigor nas principais cidades do país decorre das 00h00 às 04h00 (22h00 às 02h00 em Lisboa).

Filipe Nyusi manteve quase todas as medidas, tendo vedado as visitas aos reclusos devido ao "aumento exponencial" de casos nas cadeias, bem como reduzido o número de visitantes aos doentes nos hospitais de dois para um por dia.

As medidas vão vigorar por mais 30 dias, a partir de terça-feira até dia 19 de janeiro de 2022.

Leia Também: Muitos emigrantes portugueses passam Natal em Portugal e cumprem regras

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