Xi e Scholz concordaram em manter a amizade e cooperação entre os dois países e em defender o multilateralismo nos assuntos internacionais, de acordo com uma declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês que regista a conversa telefónica entre os dois.
Esta é a primeira conversa entre os dois líderes desde que Scholz se tornou chanceler a 08 de dezembro.
Xi apelou a Scholz para adotar "uma visão global a longo prazo" nas relações bilaterais entre a China e a Alemanha e salientou que, para Pequim, estas são "o barómetro dos laços entre a União Europeia e o país asiático".
O Presidente chinês mencionou várias áreas em que as duas potências podem cooperar, tais como as novas energias ou a economia digital verde, e assegurou que a China olha favoravelmente para "as empresas alemãs que aproveitam as oportunidades criadas pela abertura da China".
No campo das relações internacionais, Xi reiterou a sua oposição àqueles que mantêm "mentalidades de guerra fria" ou "procuram hegemonia", e salientou a sua esperança de que a Alemanha proporcione "um ambiente de negócios justo" para as empresas chinesas naquele país.
Por seu lado, Scholz salientou o que vê como os três pilares do desenvolvimento das relações com a China: relações comerciais e de investimento fortes, cooperação em matéria de alterações climáticas e comunicação fluida sobre questões internacionais como a situação no Afeganistão e o desenvolvimento nuclear do Irão.
Segundo a declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Scholz afirmou que "é de esperar" que o Acordo de Investimento UE-China "entre em vigor o mais rapidamente possível", embora não tenha elaborado o que seria necessário para que tal acontecesse.
O acordo foi concluído no final de 2020 após sete anos de negociações, mas o seu processo de ratificação foi congelado em maio, quando o Parlamento Europeu se recusou a avançar com a sua aprovação enquanto Pequim mantiver as suas sanções contra indivíduos e entidades europeias, incluindo eurodeputados críticos em relação à China.
Durante o mandato de Angela Merkel, a Alemanha foi um dos membros da UE mais empenhados nas relações com a China, um país em que algumas das suas grandes empresas - especialmente no setor automóvel, como a Volkswagen e a Mercedes - têm interesses económicos importantes.
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