De acordo com a imprensa espanhola, esta foi a primeira de uma série de propostas que poderão ser aprovadas num conselho de ministros extraordinário que terá lugar na quinta-feira, se receberem o acordo dos presidentes das 17 comunidades autónomas espanholas e das duas cidades autónomas do norte de África, Ceuta e Melilla.
As questões de saúde são da competência de cada uma das regiões e as medidas a nível nacional têm de receber o acordo delas.
O pedido de tornar as máscaras novamente obrigatórias nos espaços públicos exteriores já tinha sido apresentado por várias regiões, e Sánchez anunciou-a juntamente com uma série de outras medidas.
Entre essas outras medidas está o reforço das equipas de vacinação pelas Forças Armadas, assim como colocar à disposição dos hospitais a Rede Sanitária Militar e a intensificação e aceleração do atual processo de vacinação.
Ainda de acordo com a imprensa, Pedro Sánchez anunciou o recrutamento de pessoal de saúde reformado e pré-reformado e a autorização para o recrutamento de profissionais com qualificações especializadas obtidas em Estados não-membros da União Europeia (UE).
A reunião da Conferência de Presidentes ainda está a decorrer, estando agora a intervir cada um dos representantes das autoridades regionais.
No encontro pretende-se chegar a um compromisso sobre as medidas para travar a sexta vaga da pandemia de covid-19 em Espanha a dois dias da véspera de Natal, o que tem sido criticado por vários partidos devido à sua proximidade às festividades e à incerteza causada pela explosão de novos contágios.
As regiões autónomas têm indicado ter opiniões diferentes sobre como enfrentar esta nova vaga, tendo avançado com medidas que vão desde o recolher obrigatório proposto pela região da Catalunha até à alteração dos critérios de quarentena solicitada pela de Madrid.
A Espanha registou 49.823 novos casos de covid-19 na terça-feira, o número mais elevado desde o início da pandemia que fez saltar a incidência acumulada para 695 casos por cada 100.000 habitantes.
Segundo a última atualização do Ministério da Saúde espanhol, o número total de casos notificados em Espanha desde o início da pandemia é agora de 5.585.054 e já morreram 88.887 pessoas devido à doença.
Ao fim da tarde, no final da Conferência de Presidentes, o primeiro-ministro espanhol, assim como todos os restantes dirigentes regionais, dará conta, em conferência de imprensa, das decisões a que se chegou.
A covid-19 provocou mais de 5,36 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal
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