"É importante acelerar o ritmo nas principais questões pendentes (...), trabalhando em estreita colaboração com os Estados Unidos", anunciou o coordenador de negociações da UE, Enrique Mora, na sua conta da rede social Twitter.
As negociações de Viena visam trazer os Estados Unidos de volta ao acordo que abandonaram unilateralmente em 2018, acusando Teerão de não cumprir os seus requisitos e voltando a impor sanções ao país.
Após vários dias de conversações "duras e intensas", de acordo com Teerão, as delegações fizeram uma pausa, na semana passada, reconhecendo algumas evoluções no processo negocial.
Contudo, num depoimento conjunto, diplomatas da França, Alemanha e Reino Unido lamentaram a "dececionante interrupção" de trabalhos, forçada pelo chefe da delegação iraniana, Ali Bagheri.
Entretanto, os negociadores europeus manifestaram a vontade de voltar a reunir antes do final do ano, alegando urgência na resolução de várias questões prementes.
Após uma primeira ronda de negociações, na primavera, interrompida pela eleição em junho de um novo Presidente ultraconservador do Irão, os diplomatas voltaram a encontrar-se no final de novembro, na capital austríaca.
Na passada semana, o negociador dos Estados Unidos, Rob Malley, que apenas participa indiretamente nas conversações, avisou que o prazo para salvar o acordo nuclear com o Irão se aproxima do fim e que haverá "uma nova crise" na eventualidade de um fracasso da diplomacia.