Estas equipas vão atuar, no âmbito da ação coordenada pelo Ministério da Saúde, para promover a vacinação quer em maiores de 12 anos que ainda não foram vacinados, quer em pessoas que já podem receber a dose de reforço contra a covid-19.
O reforço da vacina está autorizado em Espanha para maiores de 40 anos, que já receberam a segunda dose há mais de seis meses, ou para aqueles que receberam a vacina da Janssen, salientou o Ministério da Defesa, em comunicado.
O Ministério liderado por Margarita Robles irá mobilizar numa fase inicial 1.000 militares, distribuídos em 150 equipas móveis, que vão apoiar os planos de vacinação, validados pelo Ministério da Saúde, nas regiões autónomas que solicitaram ajuda.
As equipas móveis estarão na Andaluzia (50), Aragão (5), Astúrias (1), Ilhas Baleares (10), Ilhas Canárias (6), Cantábria (5), Castela e Leão (22), Castela -La Mancha (9), Comunidade Valenciana (20), Extremadura (2), Galiza (10), Murcia (6), La Rioja (2), Ceuta (1) e Melilla (1).
A Defesa espanhola colocou ainda à disposição das comunidades o Hospital Central de Defesa Gómez Ulla e o Centro de Saúde Vida y Esperanza, em Madrid, e o Hospital Geral de Defesa de Saragoça.
O apoio dos militares no plano de vacinação arrancou hoje em Saragoça, tendo sido já vacinados 308 pessoas, prevendo-se que o número aumente nos próximos dias.
Em 22 de dezembro, o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou a intensificação e aceleração da vacinação a medida "mais importante", sendo estabelecidos uma série de objetivos: 80% da população com idades entre os 60 e 69 anos deverão estar vacinados com a terceira dose até ao final do ano; 80% da população entre 50 e 59 anos na semana de 24 de janeiro; e 80% da população entre 40 e 49 anos na primeira semana de março.
Madrid também quer que 70% das crianças esteja vacinada com a primeira dose (pediátrica) na semana de 07 de fevereiro; e 70% com a segunda dose pediátrica na semana de 19 de abril.
A covid-19 provocou mais de 5,40 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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