"Face à escalada de violência em Myanmar, são necessárias ações preventivas suplementares a nível internacional, incluindo um embargo de armas", declarou o alto representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell, em comunicado.
"A UE está pronta para impor sanções suplementares ao regime militar", salientou ainda o chefe da diplomacia da UE, sublinhando que "visar civis e profissionais da ajuda humanitária é inaceitável, é uma violação dos direitos humanos e do direito internacional".
A organização não governamental Save the Children revelou que dois dos seus funcionários foram mortos no dia 24 num ataque "cometido por militares birmaneses no estado de Kayah", no leste do país e que fez pelo menos 35 mortos, incluindo mulheres e crianças.
A UE proíbe já a venda de armas e equipamentos suscetíveis de serem utilizados para fins de repressão interna.
Por outro lado, em Rangun, os militares no poder condenaram hoje dois colaboradores próximos da ex-Conselheira de Estado Aung San Suu Kyi a dois anos de prisão por crime de sedição.
O país está num caos desde 01 de fevereiro, quando os generais tomaram o poder num golpe, acusando o partido de Aung San Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia, de fraude maciça numas eleições gerais que o LND venceu em novembro de 2020.
As manifestações em todo o país contra o golpe militar foram violentamente reprimidas, com um balanço de mais de 1.300 pessoas mortas e 11.000 presas, de acordo com um grupo de monitorização local.
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