"O asfalto da cobertura está a derreter, o que é um indício do calor intenso. Há relatos de algumas paredes com rachaduras, o que pode indicar um possível desabamento", avançou Jermaine Carelse.
O porta-voz do Serviço de Bombeiros e Resgate da Cidade do Cabo adiantou ainda que não há registo de feridos.
O incêndio começou no terceiro andar de um antigo edifício de gabinetes e rapidamente se propagou à Assembleia Nacional, onde agora fica o parlamento da África do Sul, adiantou a ministra de Obras Públicas e Infraestruturas, Patricia de Lille.
"O incêndio está atualmente nas câmaras da Assembleia Nacional", disse de Lille aos jornalistas no local.
Dezenas de bombeiros continuam no local mais de seis horas depois do alerta e as zonas circundantes estão fechadas à circulação.
O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa foi informado sobre o incêndio, assegurou a governante sul-africana, ao considerar ser ainda prematuro adiantar a causa do incêndio, uma vez que as autoridades estão ainda a analisar as imagens das câmaras de segurança.
A presidente do parlamento, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, pediu cautela face a especulações de que na origem do incêndio esteve um ataque deliberado.
"Até que seja fornecido um relatório a informar que houve um incêndio de origem criminosa, temos que ter cuidado para não fazer sugestões de que houve um ataque", considerou Nosiviwe Mapisa-Nqakula.
O amplo edifício vitoriano com uma fachada de tijolo vermelho e branco, compreendendo vários edifícios, está envolto numa espessa nuvem de fumo negro.
A Cidade do Cabo é a sede do parlamento, composto pela Assembleia Nacional e por uma câmara alta chamada Conselho Nacional das Províncias, enquanto o governo tem a sua sede em Pretória.
O incêndio deflagrou por volta das 03:30 TMG (mesma hora em Lisboa).
Em abril, um incêndio na Table Mountain, a icónica montanha que domina a cidade, destruiu vários tesouros na biblioteca da prestigiada Universidade da Cidade do Cabo.
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