Empresas suspendem cruzeiros no Brasil após surto de infeções
A Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (Clia) informou hoje que as companhias do setor suspenderão voluntariamente as suas operações no Brasil até dia 21.
© Lusa
Mundo Covid-19
A decisão, revelada em comunicado, acontece após cinco navios de cruzeiro que operam atualmente na costa brasileira registarem casos de covid-19 entre os seus tripulantes e passageiros, e três sofreram novas restrições sanitárias determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo a Clia, os casos identificados no Brasil consistem em "uma pequena minoria da população total a bordo", mas a decisão de suspensão temporária procura alinhar com as autoridades locais "para resolver as diferenças de interpretação e aplicação das medidas previamente aprovadas com este novo cenário".
"A atual temporada, após o término da suspensão, poderá ser cancelada na íntegra se não houver adequação e alinhamento entre todas as partes envolvidas para possibilitar a continuidade da operação", acrescentou a nota.
A Anvisa, agência de vigilância sanitária brasileira, informou hoje que três navios cruzeiros que navegam na costa do país receberam sanções, dois foram declarados no nível 4 de gravidade epidemiológica, ou seja, quando já se constatou que a transmissão a bordo é comunitária e elevada, portanto, devem suspender as operações, e um terceiro foi classificado no nível 3, em que há infeções e transmissão, mas não em níveis preocupantes.
A agência também esclareceu que monitoriza a situação a bordo dos cinco navios que operam atualmente no Brasil após ter solicitado ao Ministério da Saúde, na sexta-feira, sem ter recebido resposta, a suspensão da temporada que começou em dezembro e se deve estender até março.
O Brasil, um dos três países mais afetados pela pandemia do coronavírus junto com os Estados Unidos da América e a Índia, acumula cerca de 620.000 mortes e 22,3 milhões de casos da covid-19.
A covid-19 provocou 5.441.446 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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