Embaixador chinês propõe parque industrial na Guiné-Bissau

O embaixador chinês na Guiné-Bissau, Guo Ce, apelou na terça-feira a uma maior cooperação entre os dois países, nomeadamente na construção de um parque industrial no país africano.

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Lusa
05/01/2022 08:12 ‧ 05/01/2022 por Lusa

Mundo

Guo Ce

Segundo um comunicado da embaixada chinesa, Guo Ce defendeu ainda maior cooperação bilateral nas áreas da agricultura e comércio, durante um encontro em Bissau com o embaixador da Guiné-Bissau na China, Serifo Embaló.

O diplomata guineense elogiou a realização "com sucesso" da oitava reunião ministerial do Fórum de Cooperação China-África, que terminou a 30 de novembro em Dacar, capital do Senegal.

Uma semana antes do evento, a 22 de novembro, a Guiné-Bissau e a China assinaram um memorando de entendimento para a cooperação, no âmbito da iniciativa chinesa "Uma Faixa, Uma Rota".

Serifo Embaló, que foi nomeado embaixador residente em Pequim em junho de 2020, encontra-se atualmente na Guiné-Bissau, mas deverá regressar à China ainda este mês.

Numa entrevista à RDP-África e agência Lusa a 28 de dezembro, o diplomata disse que tinha obtido manifestações de interesse de chineses em investimentos diretos ou acordos de parcerias com empresários guineenses em domínios como a agricultura, turismo, comércio, indústria e pescas.

Três dias depois, Guo Ce sublinhou que tinha relembrado aos armadores chineses a necessidade de respeitar "de forma rigorosa" durante o período de repouso biológico e marinho.

O Governo guineense interditou toda a atividade de pesca durante janeiro, pela primeira vez em 48 anos, disse à Lusa em dezembro o secretário-geral do Ministério das Pescas da Guiné-Bissau, Maurício Sanca.

A promessa de Guo Ce surgiu durante a doação de equipamento informático ao Ministério das Pescas de Guiné-Bissau.

Segundo um comunicado da embaixada chinesa, Maurício Sanca disse que o equipamento vai ajudar a fiscalização o respeito pelo período de repouso biológico e marinho.

Os recursos pesqueiros em África estão a ser explorados de forma "oportunista" por frotas europeias, chinesas e de outros países, que aproveitam em seu benefício a má gestão das águas africanas, disse à Lusa Ibrahima Cissé, diretor da campanha dos oceanos da Greenpeace África, em 2019.

Segundo estimativas de um estudo do projeto Sea Around Us, publicado em 2015, a China (2,3 milhões de toneladas/ano) reportou apenas 8 por cento, respetivamente das suas capturas totais (incluindo rejeições) nos países da África Ocidental entre 2000 e 2010.

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