As agências Interfax, TASS e RIA Novosti anunciaram este estado de emergência citando um comunicado divulgado na televisão cazaque.
O estado de emergência tinha sido anteriormente decretado localmente nas zonas mais atingidas pelos tumultos: Almaty, a capital económica do país, a província de Mangystau e a capital, Nursultan.
Os manifestantes, que hoje ocuparam vários edifícios públicos da cidade de Almaty em protesto contra a subida dos preços do gás no país, tomaram também o aeroporto da cidade, que cancelou todos os seus voos.
O Cazaquistão é desde 02 de janeiro palco de protestos em várias cidades, que foram ganhando intensidade até se transformarem em violentos distúrbios que culminaram hoje na ocupação de vários edifícios governamentais na cidade de Almaty e em mais de 500 feridos.
O chefe de Estado cazaque, Kassim-Yomart Tokaïev, afirmou hoje que há vítimas mortais, embora sem precisar o número, e alertou de que tomará medidas severas contra os manifestantes violentos, após assumir a presidência do Conselho de Segurança do país.
O detonador dos protestos foi o aumento dos preços do gás liquefeito, um dos combustíveis mais utilizados nos transportes do país, de 60 tengues por litro (0,12 euros) para o dobro, 120 tengues (0,24 euros).
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