"[Biden] usou o meu nome hoje para tentar dividir ainda mais os EUA"
O ex-presidente norte-americano Donald Trump declarou que o seu sucessor, Joe Biden, que hoje o culpou do ataque de há um ano ao Capitólio e de preferir o ego à democracia, o usou "para dividir" o país.
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Mundo Donald Trump
"Joe [Biden] usou o meu nome hoje para tentar dividir ainda mais os Estados Unidos", disse em comunicado Trump que, na terça-feira passada cancelou uma conferência de imprensa agendada para hoje na sua residência de Mar-a-Lago, no Estado da Florida.
Biden responsabilizou hoje o republicano por criar uma "teia de mentiras" sobre as eleições presidenciais de 2020 e incitar os seus apoiantes a atacar o edifício onde funciona o Congresso, o poder legislativo norte-americano.
"O seu ego ferido é-lhe mais importante que a nossa democracia e a nossa Constituição. Não consegue aceitar que perdeu", observou Biden, num discurso proferido no Capitólio, no primeiro aniversário do ataque que se saldou em cinco mortos e 140 agentes policiais feridos.
Em resposta a Biden, Trump insistiu hoje novamente que deveriam ser discutidas as eleições presidenciais "fraudulentas" de 2020, que perdeu para o democrata.
"Escaparam impunes e isso está a levar à destruição do nosso país", defendeu Trump.
O republicano acrescentou que Biden está a destruir o país com "políticas loucas de fronteiras abertas, eleições corruptas, políticas energéticas desastrosas, mandatos inconstitucionais e fechos de escolas devastadores".
O ex-inquilino da Casa Branca criticou também a comunicação social, rejeitando que se refiram à alegada fraude eleitoral como "A Grande Mentira".
"Os democratas querem apropriar-se deste dia 06 de janeiro para avivar os medos e dividir os Estados Unidos", enfatizou.
Na passada terça-feira, Trump indicou que cancelava o seu encontro com a imprensa devido "à total parcialidade" da comissão que está a investigar o ataque ao Capitólio de 06 de janeiro de 2021.
Uma sondagem hoje divulgada pela Fundação Knight indica que a maioria dos norte-americanos considera que o ataque ao Capitólio pelos seguidores de Trump foi um exercício ilegítimo da liberdade de expressão.
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