Segundo o Ministério do Interior, mais de 3.000 "criminosos" foram detidos e 18 pessoas "armadas" foram feridas.
As autoridades reconheceram anteriormente a morte de pelo menos 18 agentes, dois dos quais foram encontrados decapitados, de acordo com a versão oficial.
O Presidente cazaque, Kasim-Yomart Tokayev, descreveu os manifestantes que têm vindo a tomar as ruas desde o dia 2 do mês passado, inicialmente sobre o aumento do preço do gás liquefeito, como terroristas, e afirmou que os protestos estavam a ser orquestrados por um grupo de instigadores, embora não tenha revelado a sua identidade.
Face à "ameaça terrorista", pediu ajuda à Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO), um bloco militar de seis nações no espaço pós-soviético liderado pela Rússia, com o objetivo de "estabilizar a situação".
"Este contingente chegou por um período de tempo limitado para proteger objetivos estratégicos", disse Tokayev hoje numa reunião no quartel-general anti-terrorista, sem revelar o número de tropas estrangeiras que irão apoiar a operação do Cazaquistão, embora se estime que haverá mais de 3.000.
A ordem constitucional "foi basicamente restaurada em todas as regiões do país e as autoridades locais têm a situação sob controlo", frisou, acrescentando que "as ações anti-terroristas continuarão até que os militantes terroristas sejam completamente destruídos".
De acordo com o portal do Cazaquistão Tengrinews.kz na sua conta Telegrama, foi introduzido um nível "vermelho" de ameaça terrorista em todo o país, o que dá às forças especiais uma ampla margem de manobra nas suas operações e permite-lhes restringir temporariamente a circulação de cidadãos.
De acordo com o Ministério do Interior, foram criados 70 postos de controlo em todo o país.
O Presidente planeia dirigir-se à população num discurso televisivo hoje, o feriado de Natal Ortodoxo.
Leia Também: Meios de comunicação independentes impedidos de cobrirem protestos